Ata do Copom: pronto para aumentar os juros

Foi divulgada a ata da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). O documento trouxe mais detalhes do encontro em que houve a decisão de manter a taxa Selic estável em 10,50%.

As autoridades adotaram um tom mais duro em relação ao comunicado, evidenciando que todo o comitê, não apenas alguns membros, está pronto para aumentar a taxa Selic caso as tendências recentes nas expectativas de inflação e na dinâmica da taxa de câmbio persistam. O comitê observa a clara deterioração das perspectivas de inflação, capturada por suas projeções e por um balanço de riscos que, segundo vários membros do Copom, está assimétrico para cima.

O documento apontou que o cenário internacional se mantém adverso, com destaque para a menor sincronia nos ciclos de queda dos juros, já iniciados em alguns países avançados e ainda por iniciar em outros, que contribui para a volatilidade de variáveis de mercado. Já no âmbito doméstico, os dados de atividade econômica e do mercado de trabalho seguem com maior dinamismo do que era esperado, reforçando o diagnóstico de resiliência da atividade doméstica, em contraste com o cenário de desaceleração gradual originalmente antecipado pelo Comitê.

Nossa visão: a ata mostra que o comitê está pronto para subir os juros. Mantemos, por enquanto, a previsão de que a Selic permanecerá em 10,50% ao ano. Se o câmbio não reagir à medida que a situação dos mercados globais se acalme, um ciclo de alta, começando em setembro, será inevitável.

A candidata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, anunciou hoje que o atual governador de Minnesota, Tim Walz, irá compor sua chapa nas eleições deste ano como vice-presidente. Antes de entrar na política, Walz foi professor, treinador de futebol e sindicalista, além de ser veterano da Guarda Nacional do Exército. Como governador, contribuiu para o fortalecimento da agenda democrata em seu estado, com destaque para pautas progressistas, como o aborto por exemplo. Ainda que Walz venha de um estado que recorrentemente vota pelos democratas, a expectativa é que a escolha aumente o apoio à chapa em estados vizinhos na região centro-oeste, que são decisivos na definição da presidência.

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