Confira nossa revisão de cenários de março

No Radar do Mercado: revisamos nossos cenários macro, considerando a evolução do cenário internacional e a piora da dinâmica inflacionária doméstica na margem

Por Itaú Private Bank

3 minutos de leitura

Revisão de Cenário – Brasil: flexibilização monetária cerceada

Elevamos as projeções de crescimento do PIB para 2,0% em 2024 e 2025, incorporando a melhora da perspectiva para o crédito. O mercado de trabalho também deve se manter robusto. Revisamos a nossa projeção de taxa de desemprego para 7,8% em 2024 e 2025.

A atividade melhor reduz marginalmente o déficit primário, mas as incertezas fiscais continuam elevadas. Reduzimos as projeções de déficits primários para 0,7% do PIB em 2024 e 0,9% em 2025.

Mantivemos a projeção de IPCA de 2024 em 3,6% e a de 2025 em 3,5%, mas com uma composição menos benigna. Já o Copom deve seguir com corte de juros de 0,5 p.p. nas próximas reuniões, mas a evolução do cenário internacional e a piora da dinâmica inflacionária doméstica devem limitar a queda de juros. Agora, esperamos que a taxa Selic termine o ano em 9,25% (ante 9,00%) e permaneça neste mesmo patamar em 2025.

Confira o relatório na íntegra.

Revisão de Cenário – Global: flexibilização monetária adiada

Os dados de inflação piores na margem dificultam o início dos ciclos de afrouxamento monetário nos países desenvolvidos, mas os fundamentos continuam apontando para melhora à frente, mantendo espaço para cortes (ainda que mais comedidos).

Nos EUA, os dados mais fortes de emprego e inflação em janeiro, que levaram o Fed a adotar um tom mais cauteloso, indicam o primeiro corte em junho (a expectativa anterior era em maio), ritmo gradual (três cortes em 2024 vs. quatro anteriormente; e quatro em 2025) e taxa terminal mais alta, no intervalo de 3,75% a 4,00%.

Na Europa, a inflação mais persistente justifica a cautela de membros do banco central. Esperamos agora o início do ciclo de cortes de juros em junho (vs. abril, em nosso cenário anterior). Já na China, mantemos projeção de PIB de 4,7% em 2024 com maior suporte fiscal, mas a eficácia dos estímulos ainda é incerta.

Confira o relatório na íntegra.

Inflação ao consumidor volta ao território positivo na China

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China registrou uma alta de 0,7% em fevereiro, na comparação anual, após uma retração de 0,8% em janeiro. A leitura veio acima do esperado pelo mercado (0,3%), em meio à forte atividade relacionada ao Ano Novo Lunar, que impactou tanto alimentos quanto serviços. O núcleo do CPI (que exclui os itens mais voláteis, como alimentação e energia) subiu 1,2% na mesma comparação, acelerando em relação ao registrado no mês anterior (0,4%).

Já o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) seguiu registrando deflação (-2,7%) em termos anuais, uma queda mais profunda do que a leitura anterior e das expectativas (-ambas em -2,5%).

Nossa visão: adiante, esperamos que a inflação ao consumidor permaneça em território positivo, embora em níveis baixos. Por outro lado, a deflação do PPI provavelmente continuará em meio ao excesso de capacidade nos setores de manufatura.

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