Estrutura global de investimentos do Itaú avança com diversificação e customização

Avenue Connection: estratégia para construir portfólios internacionais combina análise aprofundada de cenários e personalização

Por Itaú Private Bank

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Os quatro palestrantes, sentados em cadeiras enfileiradas, no palco. À esquerda, está Sylvio Castro, Head de Global Solutions e Fund of Funds do Itaú. Ao centro, com o microfone, está Marcelo Aagesen, Head of Global Markets and Strategy do Banco Itaú International.
Avenue Connection: estratégia para construir portfólios internacionais combina análise aprofundada de cenários e personalização

O mercado de fundos de investimentos no Brasil hoje representa de cerca de R$ 9 trilhões. Em escala global, estima-se um volume de US$ 125 trilhões. Não à toa, durante muitos anos, a participação nesse universo esteve restrita a um grupo restrito no país.

Durante o evento Avenue Connection, promovido pela Avenue em São Paulo, executivos do Itaú destacaram que a atual estratégia do banco visa justamente democratizar o acesso a esse ecossistema internacional de investimentos. Mais do que disponibilizar uma ampla gama de produtos no exterior, o foco é oferecer uma alocação global pautada por avaliação de cenários macroeconômicos e personalização.

Marcelo Aagesen, Head of Global Markets and Strategy do Banco Itaú International, explicou que o ponto de partida dessa abordagem é a convicção de que a internacionalização dos investimentos não deve ser tratada como uma solução genérica. "É uma decisão estratégica, conectada ao momento macroeconômico e às metas patrimoniais de cada cliente", afirmou o executivo.

Segundo Aagesen, o banco vem desenvolvendo uma abordagem que organiza alternativas para as carteiras dos clientes de forma customizada. “Não estamos mais falando de um produto, mas da carteira como um todo, construída com base na combinação mais eficiente de classes de ativos para cada cliente”, complementou Sylvio Castro, Head de Global Solutions e Fund of Funds do Itaú.

Comitê de investimentos

De acordo com Stefano Catinella, diretor comercial da Itaú Asset, o banco tem uma postura mais construtiva em relação à alocação global, considerando não apenas o dólar, mas também outras moedas e regiões com dinâmicas complementares. "A lógica é de diversificação real, com um portfólio que reflita a complexidade do mundo", afirmou.

Para isso, o Itaú conta com uma equipe composta por especialistas responsáveis por análises aprofundadas de macroeconomia, crédito, moedas e ativos globais. “Hoje, o mesmo comitê que orienta as decisões institucionais define também as estratégias para pessoas físicas”, destacou Marcelo Aagesen.

Crescimento global

A oferta de soluções internacionais está ancorada em alguns fundamentos. Segundo Sylvio Castro, cerca de 70% dos países monitorados estão em fase de aceleração de atividade. Ao mesmo tempo, aproximadamente 60% mostram sinais de desaceleração inflacionária. “Essa combinação é historicamente favorável aos ativos de risco”, explicou.

“Ao longo dos últimos 70 anos, em 75% das vezes em que vimos esse processo de crescimento e inflação baixa, os mercados globais, especialmente ações de países emergentes e setores de tecnologia, tiveram bom desempenho”, contou Castro.

Confira abaixo os principais pontos abordados:

  • Estratégia: a internacionalização é pensada como uma estratégia patrimonial; não como um movimento tático isolado.
  • Comitê: a governança aplicada para os clientes do Itaú Private Bank é a mesma que orienta os grandes portfólios institucionais.
  • Oportunidade: o cenário global, com crescimento econômico e inflação em queda, favorece ativos de risco no curto e médio prazo.
  • Câmbio: o dólar segue central na alocação, mas há espaço para outras moedas e mercados complementares.
  • Customização: a partir das análises desenvolvidas pelos especialistas, o objetivo é criar portfólios personalizados para os clientes, com clareza e propósito.

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