Focus: mercado reduz projeções para inflação
No Radar do Mercado: relatório do Banco Central aponta recuo nas estimativas do mercado para o IPCA neste e nos próximos anos e câmbio em diferentes períodos, além de revisões nas estimativas para o PIB
Por Itaú Private Bank

O Banco Central divulgou nesta segunda-feira, 27, mais uma edição do Relatório Focus, registrando redução na projeção do IPCA em diferentes períodos e do câmbio para 2025 e 2027, além de oscilações no PIB.
A mediana das projeções do IPCA para 2025 recuou de 4,70% para 4,56%, ficando mais próxima do teto do intervalo de tolerância, que é de 1,5 ponto percentual ao redor da meta de 3,0% ao ano definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2026, a estimativa recuou de 4,27% para 4,20%, enquanto a previsão para 2027 oscilou de 3,83% para 3,82%. Já a expectativa para a inflação de 12 meses à frente, um indicador importante para o Copom, caiu de 4,12% para 4,06%.
O relatório também registrou alterações na projeção do PIB de 2025, saindo de 2,17% para 2,16%. Em relação a 2026, houve um recuo de 1,80% para 1,78%. Já as estimativas para 2027 registraram uma oscilação positiva, saindo de 1,82% para 1,83%.
Passando para o câmbio, houve queda nas projeções de 2025 e 2027. Para 2025, a estimativa saiu de R$/US$ 5,45 para R$/US$ 5,41. Para 2026, as expectativas se mantiveram estáveis em R$/US$ 5,50. Já para 2027, a oscilação foi de R$/US$ 5,51 para R$/US$ 5,50.
Por fim, as projeções para a taxa Selic ficaram estáveis, com manutenção em 15,00% a.a. até o final deste ano, 12,25% a.a. em 2026 e 10,50% a.a. em 2027.
Brasil e EUA retomam diálogo comercial em busca de acordo sobre tarifas
O encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, realizado neste domingo (26), na Malásia, foi importante passo nas negociações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos. A reunião foi marcada por um tom positivo, e as equipes de ambos os países começarão a discutir soluções para as tarifas de até 50% impostas pelo governo americano e para as sanções a autoridades brasileiras.
De acordo com o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, foi acordado um cronograma de negociações com representantes dos EUA, com expectativa de conclusão “em semanas”. O presidente brasileiro também solicitou a suspensão temporária das tarifas durante as conversas, além da retirada das sanções aplicadas com base na Lei Magnitsky.
O mercado também está atento aos próximos passos nas negociações entre China e EUA. No final de semana, houve progresso nas conversas entre os países na reunião entre o secretário do Tesouro americano e o vice-premier chinês. Nesta segunda-feira (27), Trump afirmou que Washington e Pequim estão próximos de firmar um acordo comercial, às vésperas de seu encontro com o líder chinês Xi Jinping, previsto para quinta-feira (30) na Coreia do Sul.
💬 O que achou deste conteúdo?
Leia também
Confira outras edições do No Radar do Mercado:
IPCA-15 vem abaixo das expectativas do mercado
No Radar do Mercado: IPCA-15 desacelera em outubro e apresenta um qualitativo melhor [...]
Focus: mercado reduz projeções para inflação e revisa PIB
No Radar do Mercado: relatório do Banco Central aponta recuo nas estimativas do merca [...]
5 temas que estarão no Radar do Mercado na reta final de 2025
No Radar do Mercado: cortes de juros, tarifas comerciais, crescimento chinês e situaç [...]


