Focus: mercado reduz projeções para inflação e câmbio
No Radar do Mercado: relatório do Banco Central aponta recuo nas estimativas do mercado para o IPCA de 2025 e câmbio em diferentes períodos; na França, novo primeiro-ministro renuncia
Por Itaú Private Bank

O Banco Central divulgou nesta segunda-feira, 6, mais uma edição do Relatório Focus, registrando queda na projeção do IPCA deste ano e do câmbio para 2025 e 2026. Para os demais indicadores, o relatório manteve as expectativas estáveis.
A mediana das projeções do IPCA para 2025 oscilou de 4,81% para 4,80%, permanecendo acima do teto do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual ao redor da meta de 3,0% ao ano definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2026, a estimativa se manteve estável em 4,28%, enquanto a previsão para 2027 permaneceu em 3,90%. Já a expectativa para a inflação de 12 meses à frente, um indicador importante para o Copom, apresentou recuo de 4,28% para 4,21%.
O relatório também registrou manutenção nas projeções do PIB para 2025 (2,16%), 2026 (1,80%) e 2027 (1,90%) pela terceira semana consecutiva. Já para o câmbio, houve queda nas projeções de 2025 e 2026. Para 2025, a estimativa saiu de R$/US$ 5,48 para R$/US$ 5,45, enquanto para 2026 a oscilação foi de R$/US$ 5,58 para R$/US$ 5,53. Para 2027, as expectativas se mantiveram estáveis em R$/US$ 5,56. Por fim, as projeções para a taxa Selic ficaram estáveis, com manutenção em 15,00% a.a. até o final deste ano, 12,25% a.a. em 2026 e 10,50% a.a. em 2027.
Primeiro-ministro da França renuncia após menos de um mês no cargo
O primeiro-ministro da França, Sébastien Lecornu, renunciou nesta segunda-feira, 6, após ter ficado menos de um mês no cargo, conforme anúncio feito pelo Palácio do Eliseu. O premiê apresentou sua carta de demissão poucas horas após o presidente da França, Emmanuel Macron, ter anunciado uma nova composição de governo, com uma reformulação do quadro ministerial que iria trabalhar sob o comando de Lecornu.
Em sua carta, ele afirmou que a intransigência dos partidos políticos se sobrepôs aos interesses da França e que não estavam reunidas as condições necessárias para se governar. Lecornu havia sido nomeado por Macron em 9 de setembro para suceder a François Bayrou, tornando-se o quinto premiê francês em dois anos. A renúncia evidencia o grau de instabilidade política na França, eleva o risco de eleições legislativas antecipadas e reforça o cenário em que um ajuste fiscal de curto prazo segue improvável.
Agora, Macron enfrenta a urgência de aprovar o orçamento de 2026 até o próximo dia 13, um teste decisivo para a sobrevivência de seu governo e a recuperação de alguma credibilidade fiscal. Além disso, terá que decidir entre a nomeação de um novo premiê em meio à fragmentação política, acionar novas eleições antecipadas para o parlamento ou, em um cenário mais extremo, apresentar sua própria renúncia.
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