IBC-Br e varejo dos EUA surpreendem

No Radar do Mercado: no Brasil, Índice de Atividade Econômica medido pelo Banco Central cresce acima do esperado em novembro. Nos EUA, varejo fica abaixo da expectativa em dezembro, mas medida que tem maior relação com o PIB americano acelera

Por Itaú Private Bank

5 minutos de leitura

IBC-Br cresce 0,1% em novembro

O Banco Central divulgou hoje o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de novembro com alta de 0,1% em relação ao mês anterior, levemente acima do resultado de outubro (0,09%) e acima das expectativas do mercado (0%). O resultado foi o quarto positivo consecutivo, mas revela que o indicador vem perdendo força depois de avanços de 0,3% em agosto e 0,7% em setembro.

Na comparação com novembro de 2023, a alta registrada foi de 4,1%. Vale lembrar que esse indicador, que acompanha a evolução da atividade econômica do país, agrega os resultados do setor de serviços, da produção industrial e das vendas no varejo, além das estatísticas do setor agropecuário.

Nossa visão: o IBC-Br corrobora nossa visão de desaceleração da atividade econômica no quarto trimestre do 2024. Nosso tracking do PIB (estimativa de alta frequência) indica crescimento de 0,4% t/t e de 3,9% a/a.

Nos EUA, varejo cresce 0,4% em dezembro

As vendas no varejo dos EUA subiram 0,4% em dezembro, desacelerando em relação à leitura de novembro, que foi revisada para cima (0,8%). O resultado veio abaixo das projeções do mercado (0,6%).

Já as vendas no varejo que excluem automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação, medida que se aproxima mais do componente de gastos do consumidor no cálculo do PIB, subiram 0,7% no mês passado, acima dos 0,4% registrados em novembro.

Nossa visão: a leitura de hoje continua indicando uma atividade econômica resiliente nos EUA, alinhada à atual precificação do mercado de pausa no ciclo de cortes de juros na próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Ainda assim, a leitura abaixo da expectativa, somada ao dado do núcleo de inflação também menor do que o esperado ontem, afasta, por ora, a discussão sobre a necessidade de o Fed ter de discutir alta de juros em breve.

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