IPCA registra alta menor do que a esperada em setembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,48% em setembro, bem acima da contração registrada em agosto (-0,11%), mas abaixo da mediana das expectativas do mercado (0,52%), segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira, 9. Em 12 meses, o IPCA passou a acumular alta de 5,17%, frente aos 5,13% acumulados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Dos nove grupos pesquisados, apenas três registraram recuo. O grupo “Alimentação e bebidas” (-0,26 % m/m e -0,06 p.p. de impacto no índice) foi o que apresentou o maior impacto baixista no índice cheio, registrando sua quarta queda seguida. Os grupos “Artigos de residência” (-0,40% e -0,01 p.p.) e “Comunicação” (-0,17% e -0,01 p.p.) também tiveram impactos negativos no indicador.

Pelo lado das altas, destaca-se o grupo “Habitação” (2,97% e 0,45 p.p.), com maior impacto direto no indicador cheio, fortemente influenciado pela alta na energia elétrica residencial, que subiu 10,31% em setembro após o fim da incorporação do bônus de Itaipu em agosto. “Despesas pessoais” (0,51% e 0,05 p.p.) e “Vestuário” (0,63% e 0,03 p.p.) também apresentaram altas relevantes.

Nossa visão: a abertura dos dados de hoje destaca uma leitura qualitativa melhor do que a esperada, com surpresas baixistas nos núcleos, especialmente de serviços. Na média móvel trimestral, com dados dessazonalizados e anualizados, os serviços subjacentes desaceleraram de 5,7% para 4,6%, enquanto o núcleo de industriais subjacentes acelerou de 3,1% para 3,4%. Na mesma métrica, a média dos núcleos desacelerou de 4,5% para 4,4%.

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