Taxa de desemprego sobe na série com ajuste sazonal

No Radar do Mercado: dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira mostram sinais iniciais de arrefecimento do mercado de trabalho. Na Europa, CPI de outubro desacelera

Por Itaú Private Bank

5 minutos de leitura

O IBGE divulgou nesta sexta-feira, 31, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua indicando que a taxa de desemprego para o trimestre encerrado em setembro se manteve estável em 5,6%, acima da mediana das expectativas do mercado, que era de 5,5%. O resultado veio 0,8 pontos percentuais abaixo do mesmo período de 2024 (6,4%). Na série com ajuste sazonal, a taxa de desemprego subiu para 5,8%, saindo de 5,7% no trimestre encerrado em agosto.

O aumento da taxa de desemprego foi resultado da redução do emprego (-0,1% na variação mês contra mês, com ajusta sazonal), apesar da redução da força de trabalho (-0,1% na mesma comparação). Já a taxa de participação diminuiu 0,1 p.p para 62,1% (com ajuste sazonal), refletindo a queda da força de trabalho com a expansão da população em idade ativa. A população ocupada, por sua vez, recuou no setor formal (-0,1%) e informal (-0,3%).

Na parte de rendimento, a massa salarial real efetiva avançou 0,1%, impulsionada pelo aumento do rendimento médio (0,2% na passagem mensal, com ajuste sazonal), apesar da contração do emprego.

Nossa visão: os dados divulgados hoje apontam para sinais iniciais de perda de fôlego no mercado de trabalho. A taxa de desemprego subiu, e, apesar da queda na taxa de participação, o aumento se deve ao recuo na população ocupada, que foi impactada principalmente pelo recuo no setor informal. O emprego formal também registrou queda, sendo o segundo mês consecutivo em recuos, o que também contribuiu para a redução da população ocupada.

Inflação da Zona do Euro segue em linha com a meta do BCE

O Índice de Inflação ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Zona do Euro desacelerou para 2,1% na comparação anual em outubro, ante os 2,2% registrados em setembro, segundo dados preliminares divulgados pelo Instituto de Estatística da União Europeia (Eurostat). O indicador veio em linha com as expectativas do mercado.

Já o núcleo, que exclui os componentes mais voláteis (como alimentos e energia), se manteve em 2,4%, ligeiramente acima do esperado, com aceleração do componente de serviços na variação anual.

Nossa visão: a leitura de hoje reforça a avaliação do Banco Central Europeu de que a inflação permanece virtualmente na meta estabelecida de 2%. Assim, a autoridade deve seguir focando sua atenção nos dados de atividade econômica para avaliar suas próximas decisões.

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