Inflação do Brasil e dos EUA em foco

No Radar do Mercado: o IPCA de novembro veio relativamente em linha com as expectativas; já o núcleo do índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA ficou dentro do esperado

Por Itaú Private Bank

2 minutos de leitura

O IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, que subiu 0,28% no mês, acima da leitura de outubro (0,24%) e relativamente em linha com a expectativa do mercado (0,29%). O acumulado em 12 meses atingiu 4,68%, abaixo dos 4,82% registrados no período imediatamente anterior.

Os preços de seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no mês. A maior variação e o maior impacto vieram de Alimentação e bebidas, grupo que acelerou na comparação com outubro, puxado pela alta da alimentação no domicílio.

As medidas de núcleo da inflação, que apresentam maior relação com o ciclo econômico, desaceleraram em novembro. O índice de difusão, que mede o percentual de itens com aumento dos preços, também recuou para 51,7%, o que significa que a inflação está menos disseminada na margem.

Nossa visão: a leitura de novembro trouxe novamente uma composição benigna. A inflação de núcleos seguiu recuando, reforçando uma sequência de dados que confirmam o processo de desinflação em curso.

Núcleo da inflação dos EUA vem dentro do esperado

O índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos avançou 0,1% em novembro, ligeiramente acima do projetado pelo mercado, que esperava uma manutenção da estabilidade registrada em outubro (0,0%). Em 12 meses, a inflação cedeu de 3,2% para 3,1%, em linha com as expectativas.

O núcleo do indicador, que desconsidera as contribuições de alimentos e energia, avançou 0,3% no mês, acelerando na comparação com outubro (0,2%). Na base interanual, o núcleo manteve o ritmo anterior, de 4,0%. Ambas as leituras vieram em linha com o esperado.

Nossa visão: apesar da leitura do núcleo ter vindo conforme as expectativas, a composição mostrou uma piora na margem, com nova aceleração de serviços. A divulgação reforça que o processo de desinflação deve seguir de maneira gradual adiante, pesando contra uma suavização no tom do Federal Reserve (Fed, banco central americano) na reunião de amanhã.

⚠️Importante: devido à Super Quarta, amanhã (13) não teremos a divulgação do boletim No Radar do Mercado ao meio-dia. Você poderá conferir nossas análises sobre a decisão do Fed no final da tarde e sobre o Copom no período da noite. Não perca!

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