Inflação dos EUA fica abaixo das expectativas
Economia e Mercados: inflação mensurada pelo CPI nos EUA avança menos do que o esperado; Joe Biden assina projeto de lei que evita a paralisação dos serviços públicos no país
Por Itaú Private Bank
O destaque desta semana na agenda dos investidores foi a inflação americana medida pelo núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI), que desacelerou em outubro. A leitura abaixo do esperado aumenta as expectativas do mercado de que o Fed tenha finalizado o ciclo de alta nos juros.
Ainda nos EUA, o presidente Joe Biden assinou o projeto de lei de financiamento temporário aprovado no Congresso para evitar um shutdown (paralisação de serviços públicos) devido ao atraso na aprovação do orçamento.
Confira mais detalhes abaixo.
Setor de serviços recua em setembro no Brasil
O volume de serviços no Brasil caiu 0,3% em setembro, segundo o IBGE, abaixo do esperado (0,4%). Na base anual, o recuo foi de 1,2%, queda mais intensa do que as expectativas (-0,9%). O setor (especialmente os serviços oferecidos às famílias) mostrou certa resiliência no 3T23, o que deve sustentar o crescimento do PIB excluindo a agricultura no período. Com o resultado, o setor expandiu 0,4% tri/tri no 3T23, enquanto os serviços prestados às famílias aumentaram 3,4% tri/tri. Nosso tracking (estimativa de alta frequência) para o PIB do 3T23 está em -0,2% tri/tri (1,8% a/a).
Inflação americana fica abaixo das expectativas
O índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA ficou estável em outubro. Com isso, a inflação nos últimos 12 meses recuou para 3,2%, ligeiramente abaixo do esperado. O núcleo do indicador avançou 0,2% m/m. Na comparação anual, o indicador seguiu em desaceleração gradual, recuando para 4,0%. A leitura abaixo do esperado e com composição benigna deve alimentar a expectativa do mercado de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) tenha finalizado seu ciclo de aperto monetário, além de antecipar a precificação para um eventual início do ciclo de cortes nos juros.
Biden assina projeto de lei que adia shutdown nos EUA
O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou um projeto de lei de financiamento temporário aprovado nesta semana no Congresso para evitar um shutdown (paralisação dos serviços públicos) no país, uma vez que o orçamento anual ainda não foi aprovado, e o prazo para decidir sobre 2024 deveria ter terminado em setembro. A medida adia um conflito partidário sobre os gastos federais e deixa de fora a ajuda emergencial para Ucrânia e Israel. A alternativa para conseguir aprovar a medida foi a divisão em duas partes, com datas finais diferentes, em janeiro e fevereiro.
China: dados de outubro indicam atividade resiliente
A produção industrial chinesa avançou 4,6% a/a em outubro, acima das expectativas do mercado. As vendas no varejo também cresceram acima do esperado (7,6% a/a). Por outro lado, sinais de fraqueza do setor imobiliário, assim como dos investimentos em infraestrutura e no setor de manufatura seguem sendo entraves para a atividade econômica. O crescimento do investimento em ativos fixos desacelerou no acumulado do ano comparado ao mesmo período do ano passado. As medidas recentemente anunciadas deverão apoiar a recuperação do setor de infraestrutura.
IBC-Br recua em setembro
O Banco Central divulgou o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de setembro, que recuou 0,06% m/m, nível relativamente estável e ligeiramente abaixo das expectativas, marcando o segundo mês consecutivo em patamar negativo do indicador. Na comparação anual, a alta foi de 0,3%. Além do resultado do setor de serviços (que registrou queda), a divulgação, que acompanha a evolução da atividade econômica do país, agrega também o número da produção industrial e das vendas no varejo ampliado (que registraram alta), além das estatísticas do setor agropecuário.
Inflação da zona do euro desacelera em outubro
A leitura final do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro confirmou uma desaceleração da inflação em outubro na comparação anual, para 2,9%. O núcleo do indicador, que exclui itens mais voláteis, também desacelerou (para 4,2%). A leitura confirma o processo de desinflação no núcleo do indicador, que, associada à atividade econômica mais fraca, corrobora a expectativa de que o ciclo de alta nos juros do Banco Central Europeu (BCE) tenha terminado, com o foco passando a ser o período no qual as taxas devem seguir em território restritivo.
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