Núcleo da inflação dos EUA acelera em janeiro, mas acumulado em 12 meses perde ritmo

No Radar do Mercado: núcleo do PCE veio em linha com esperado, resultado que mantém a perspectiva de manutenção das taxas de juros atuais na próxima reunião do Fomc em março

Por Itaú Private Bank

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O núcleo do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), dos EUA, que exclui os componentes mais voláteis, como energia e alimentos, avançou 0,3% na comparação mensal em janeiro, em linha com o esperado pelo mercado, mas acima dos 0,2% registrados em dezembro. Na base anual, o núcleo do PCE subiu 2,6% em janeiro, também em linha com as expectativas do mercado, abaixo dos 2,9% registrados em dezembro (dado revisado de 2,8% divulgado anteriormente).

O indicador “cheio” do PCE, por sua vez, apresentou alta de 0,3% em janeiro, mantendo o ritmo de dezembro conforme o mercado já projetava. Assim, na base anual, o PCE registra alta de 2,6%, em linha com as expectativas, uma leve aceleração em relação aos 2,5% registrados nos 12 meses encerrados em dezembro passado.

O Escritório de Análise Econômica (BEA, na sigla em inglês) também informou que os gastos pessoais dos consumidores americanos recuaram 0,2% em janeiro, abaixo da expectativa de alta de 0,2%, mostrando uma desaceleração considerável em relação ao dado de dezembro, revisado de 0,7% para 0,8%. Já na parte da renda pessoal, o índice de janeiro registou alta de 0,9%, acima da expectativa de manutenção de 0,4% registrado em dezembro.

Nossa visão: a leitura da inflação de janeiro veio em linha com o esperado, com destaque para a desaceleração do núcleo do PCE em 12 meses, que vai lentamente se aproximando da meta de inflação de 2,0% ao ano. A expectativa do mercado, no entanto, é que o núcleo do PCE encerre o ano próximo a 2,5%, sinalizando que o processo de desinflação deve ser bastante gradual nos EUA. Assim, o dado de hoje mantém a perspectiva de manutenção das taxas de juros atuais na próxima reunião do Fomc em março.

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