Taxa de desemprego de janeiro indica mercado de trabalho resiliente

O IBGE divulgou nesta quinta-feira, 27, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua que indicaram que a taxa de desemprego subiu de 6,2% no trimestre encerrado em dezembro para 6,5% no trimestre encerrado em janeiro. O resultado veio próximo da nossa projeção e da mediana das expectativas do mercado, ambas de 6,6%.

Na nossa estimativa da série com ajuste sazonal, a taxa de desemprego ficou estável em 6,6%, resultado da manutenção tanto do emprego quanto da força de trabalho. Já a taxa de participação diminuiu 0,1 p.p., para 62,3%, refletindo a estabilidade da força de trabalho com expansão da população em idade ativa (na comparação mensal com ajuste sazonal). A população ocupada cresceu no setor formal (0,2%) e contraiu no informal (-0,5%).

Do lado do rendimento, a massa salarial efetiva avançou 0,2%, mas o rendimento médio efetivo caiu 0,3% na variação mês contra mês, com ajuste sazonal.

Nossa visão: além dos dados da Pnad Contínua de janeiro indicarem, mais uma vez, um mercado de trabalho resiliente, dados do Caged divulgados na quarta-feira, 26, mostraram uma forte criação líquida de vagas no início do ano, após um resultado fraco no final de 2024. Juntos, os resultados do mercado de trabalho apontam para uma economia sólida na abertura deste ano. Nossa previsão é de que a taxa de desemprego deve encerrar 2025 em 6,8% e subir para 7,3% em 2026.

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