Inflação medida pelo núcleo do PCE desacelera em novembro

No Radar do Mercado: leitura de inflação divulgada hoje reforça o cenário de desinflação gradual nos EUA, enquanto o crescimento econômico segue mais forte do que o esperado

Por Itaú Private Bank

4 minutos de leitura

O núcleo do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) dos EUA, que exclui os componentes mais voláteis, como energia e alimentos, avançou 0,1% em novembro, na comparação mensal, ligeiramente abaixo do esperado pelo mercado (0,2%) e da leitura do mês anterior (0,3%). Na base anual, o indicador manteve o ritmo de outubro, em 2,8%, relativamente em linha com as expectativas.

O indicador “cheio” do PCE avançou 0,1% na comparação mensal, ligeiramente abaixo da expectativa do mercado, que esperava uma manutenção no ritmo da leitura anterior. Já na base anual, o indicador veio em 2,4%, superando a leitura de outubro.

Enquanto o gasto nominal dos consumidores veio abaixo do esperado, com a leitura de outubro sendo revisada para baixo, o gasto real (ajustado pela inflação) avançou (de 0,1% para 0,3%).

Em leitura divulgada ontem pelo Escritório de Análise Econômica (BEA), o PIB anualizado do terceiro trimestre foi revisado para cima, para 3,1%, com destaque para o componente de consumo. O resultado veio acima da expectativa do mercado e superou o desempenho do trimestre anterior e a segunda leitura do dado.

Nossa visão: a leitura benigna de preços, acompanhada de dados fortes de atividade, segue indicando uma desinflação gradual nos EUA, mas com incerteza sobre o ritmo à frente, em linha com a visão do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que esta semana projetou menos cortes nas taxas de juros no próximo ano.

Aviso: recesso de final de ano

A partir de hoje, faremos uma pausa na atualização da editoria No Radar do Mercado e retornaremos a produção em 6 de janeiro de 2025. Desejamos boas festas a todos!

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