Payroll no centro das atenções dos investidores

Economia e mercados: criação de empregos desacelerou nos EUA em setembro; no Brasil, produção industrial e vendas no varejo recuaram em agosto

Por Itaú Private Bank

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Crédito: Getty Images/Itaú Private Bank

Um dos grandes destaques da semana foi o relatório de folha de pagamento dos EUA, que apontou uma desaceleração da criação de empregos e uma queda na taxa de desemprego em setembro. No Brasil, tanto a produção industrial quanto as vendas no varejo recuaram em agosto, reforçando a tendência de desaceleração no terceiro trimestre de 2022. Também divulgamos nossas revisões de cenário macro.

Confira, abaixo, os fatores que impactaram os mercados nos últimos dias.

Payroll: EUA criam 263 mil vagas em setembro

O Payroll indicou a criação de 263 mil vagas de trabalho nos EUA em setembro, em linha com o esperado pelo mercado e desacelerando em relação ao mês anterior (315 mil). A taxa de desemprego também caiu para 3,5%. A leitura não deve afetar a avaliação do Fed sobre o mercado de trabalho, que continua resiliente.

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Produção industrial brasileira recua em agosto

A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) apontou um recuo mensal de 0,6% na produção nacional, eliminando a alta de julho, mas em linha com as expectativas. Apesar do total da indústria mostrar perda, ela foi concentrada em poucas atividades. A leitura segue apontando para uma desaceleração da atividade econômica no segundo semestre.

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Vendas no varejo caem em agosto

O volume de vendas no varejo recuou 0,1% m/m. Na base anual, o comércio cresceu 1,6%, acima do consenso (0%). No varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, houve recuo de 0,6% m/m e de 0,7% a/a, em linha com as expectativas. Nosso tracking (estimativa de alta frequência) para o PIB do 3T22 permaneceu em +0,2% tri/tri.

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BCE divulga ata de sua última reunião

A ata da última reunião do Banco Central Europeu (BCE), quando as autoridades aceleraram o ritmo e subiram os juros em 75 pontos-base, apontou que as autoridades devem aumentar mais as taxas. A magnitude segue dependendo dos dados econômicos, mas a expectativa do mercado é de mais uma alta de 75 pontos-base.

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Liz Truss recua parcialmente do plano de corte de impostos

A primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, recuou em parte do plano de cortes de impostos, após repercussão negativa e pressão dos parlamentares conservadores, e reverteu o corte de imposto de 45% para os mais ricos. A reviravolta mostra um enfraquecimento do governo e pode ser um indicativo de que Truss tenha que voltar atrás em outras medidas.

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Revisão de cenário global

O cenário é de uma (quase) recessão global em meio a juros elevados, crise do gás na União Europeia e lenta recuperação na China. Nos EUA, os juros devem chegar a 4,75%-5,0%. Reduzimos a estimativa de crescimento do PIB americano de 2023 para 0,0%. Na Europa, os juros devem chegar a 3,0%, e a recessão será mais profunda em 2023.

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Revisão de cenário brasileiro

Reduzimos a projeção para o IPCA de 2022 para 5,5%, e de 2023 para 5,0%, incorporando o menor impacto inercial sobre preços administrados e maior desinflação de bens. Acreditamos que o Copom tenha encerrado o ciclo de aperto monetário, e esperamos cortes apenas no segundo semestre de 2023, levando a Selic para 11,00% no final do ano.

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