Private Markets: o papel estratégico dos fundos de private equity no portfólio do investidor
Em evento do Itaú Private Bank, gestores da Vinci Partners e Crescera mostraram como investimentos em mercados privados ajudam a diversificar carteiras, acessar setores pouco representados na bolsa e construir valor no longo prazo
O Itaú Private Bank reuniu clientes e gestores para a primeira edição do Brazil Private Markets Summit, encontro dedicado a discutir o papel dos ativos privados no portfólio dos investidores. Ao longo do evento, especialistas compartilharam visões sobre como o segmento pode fortalecer portfólios e abrir acesso a oportunidades exclusivas.
No painel de abertura, Arthur Carasso, superintendente de investimentos do Itaú Private Bank, destacou que a presença de ativos em mercados privados nas carteiras deixou de ser tendência e passou a ser necessidade. A combinação entre maior potencial de retorno e menor risco, fruto da diversificação, sustenta essa evolução no portfólio dos investidores sofisticados.
Um dos pontos centrais da discussão foi sobre a importância de alocar recursos de forma contínua em diferentes períodos, o que reduz a exposição a ciclos específicos. Além disso, aumenta a consistência dos resultados no longo prazo.
Gabriel Felzenszwalb, da Vinci Partners, apresentou a estratégia da Vinci de aplicar no controle de companhias em setores de alto crescimento, como alimentação fora do lar, logística, saúde e educação. Segundo ele, contratos estruturados garantem alinhamento de interesses e oferecem maior proteção ao investidor.
O gestor também chamou atenção para a escassez de capital no Brasil. Embora represente um desafio para empresas, esse cenário abre oportunidades de entrada em líderes de mercado com preços mais competitivos. Essa, ele diz, representa uma janela rara para quem dispõe de recursos.
Daniel Borghi, da Crescera, explicou a abordagem da Crescera voltada ao middle market, segmento formado por empresas médias e familiares que buscam parceiros para crescer. Para ele, a resiliência desses negócios e a escolha do sócio certo são determinantes para atravessar diferentes cenários.
Liquidez
Outro tema foi a liquidez. Embora renunciar a ela tenha custo, os gestores reforçaram que esse movimento pode ser bem recompensado, ao dar acesso a setores pouco representados na bolsa e ao potencial de retornos superiores em janelas longas.
O painel terminou com a mensagem de que ativos privados são parte essencial de portfólios que buscam equilíbrio e geração de valor no tempo.
Principais destaques da conversa
- Diversificação: investir em mercados privados amplia retorno potencial e reduz risco.
Safras de investimento: alocação contínua evita concentração em um único ciclo econômico.
- Vinci Partners: estratégia voltada a setores de alto crescimento, com contratos robustos.
- Oportunidade: escassez de capital no Brasil gera condições de entrada atrativas.
- Crescera: foco em empresas médias, familiares e resilientes, com governança forte.
- Liquidez: pode ser compensada por retornos superiores.
- Parceria: escolher o sócio certo é decisivo para o sucesso de longo prazo.
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