Recorde do S&P 500 esconde picos de volatilidade do mercado em junho

International Markets: Marcio Brito analisa os mercados globais em junho e comenta as perspectivas para julho

Por Itaú Private Bank

2 minutos de leitura

Apesar da aparente estabilidade dos mercados globais em junho, bastidores agitados e novos acordos comerciais entre Estados Unidos e China movimentaram o cenário. Nesta edição, Marcio Brito, Head Investor do Banco Itaú International, analisa os fatores que impulsionaram o S&P 500 a um novo recorde e os riscos que ainda rondam o mercado.

Confira alguns destaques:

  • Novo acordo entre EUA e China traz alívio aos mercados: o entendimento comercial firmado entre as duas maiores economias do mundo não é definitivo, mas já foi suficiente para reduzir tensões e impulsionar os mercados, especialmente os setores de tecnologia e indústria, que são mais sensíveis a esse tipo de negociação.
  • Renda fixa em baixa após dados econômicos fracos nos EUA: a última reunião do Federal Reserve refletiu um cenário de desaceleração econômica. Com indústria e varejo abaixo do esperado, os rendimentos dos títulos do Tesouro Americano caíram, indicando cautela dos investidores diante de um possível corte de juros.
  • Divisão dentro do Fed sobre política monetária: enquanto parte dos diretores defende cortes antecipados nos juros para evitar uma desaceleração mais acentuada, outros preferem aguardar, apoiados na resiliência do mercado de trabalho. Os dados de julho serão cruciais para definir os próximos passos.
  • Apetite por risco segue forte, impulsionado por IA: o entusiasmo com a inteligência artificial continua sustentando os resultados corporativos nos EUA. Empresas de automação, nuvem e semicondutores mantêm desempenho robusto, mesmo com sinais de leve enfraquecimento no mercado de trabalho.
  • Volatilidade pontual expõe riscos geopolíticos: apesar do otimismo, o mês de junho registrou picos de volatilidade causados por tensões no Oriente Médio e instabilidade política na Europa. Esses episódios reforçam a necessidade de atenção redobrada diante de possíveis surpresas negativas.
  • Política monetária dos EUA: os dados de inflação e emprego nas próximas semanas serão decisivos para a direção seguida pelo Fed; se a inflação seguir controlada e o emprego enfraquecer, aumentam as chances de corte de juros em setembro.
  • Temporada de balanços corporativos: início da divulgação de resultados, com expectativas elevadas para o setor de tecnologia. Nesse contexto, qualquer frustração pode gerar correções nos preços das ações.
  • Cenário europeu: a economia da Europa segue com crescimento fraco, enquanto aumentam as incertezas políticas, o que pode trazer instabilidade adicional aos mercados globais em julho.

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