Relatório Focus: ligeira mudança na projeção do IPCA

No Radar do Mercado: nova edição do Relatório Focus apontou ligeira alta na projeção de inflação; no Japão, o BoJ elevou a taxa de juros pela primeira vez em 17 anos.

Por Itaú Private Bank

3 minutos de leitura

Focus: ligeira mudança na projeção do IPCA de 2024 e 2025

O Banco Central divulgou hoje mais uma edição do Relatório Focus. O destaque ficou por conta do ligeiro aumento das expectativas de inflação em 2024 e 2025.

Na comparação com a semana anterior, a mediana das estimativas do IPCA teve um leve aumento para 2024, agora em 3,79%, e para 2025, para 3,52%. A projeção seguiu inalterada para 2026, em 3,50%. Vale lembrar que a meta do Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Com relação à atividade econômica, as estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) subiram para 2024 (agora, em 1,80%) e permaneceram estáveis para 2025 e 2026, em 2,0% para ambos os anos.

No âmbito da política monetária, as projeções para a taxa Selic permaneceram inalteradas em todo período analisado, mantendo-se em 9,0% para 2024 e em 8,50% para 2025 e 2026.

Por fim, a estimativa para a taxa de câmbio aumentou ligeiramente para 2024 (a R$/US$ 4,95) e permaneceu sem mudanças para 2025 (a R$/US$ 5,00) e 2026 (a R$/US$ 5,04).

Banco Central do Japão eleva taxa de juros

O Banco Central do Japão (BoJ, na sigla em inglês) encerrou sua política de juros negativos, mas manteve a postura acomodatícia, conforme esperado. A taxa básica foi elevada de -0,1% para um intervalo entre 0 e 0,1%, marcando a primeira alta em 17 anos.

No comunicado, o BoJ afirmou que não irá mais seguir com a política de controle da curva de juros e que seguirá comprando “praticamente a mesma quantidade” de títulos do governo, mas abandonando as compras de ETFs.

O documento deixou os passos futuros em aberto, mas ressaltou que as atuais condições ainda prescrevem uma política acomodatícia. Na coletiva de imprensa após a reunião, Kazuo Ueda, presidente do BoJ, mencionou que aumentos adicionais são possíveis, mas que o ciclo seria lento e dependeria de uma perspectiva de inflação mais alta.

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