Relatório Focus: mudança nas projeções para o IPCA

No Radar do Mercado: o relatório divulgado pelo Banco Central apontou uma ligeira alta nas expectativas do mercado para a inflação de 2024 e 2025

Por Itaú Private Bank

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Relatório Focus: mudança nas projeções para o IPCA

O Banco Central divulgou hoje a edição semanal do Relatório Focus, referente à última semana. De maneira geral, houve uma ligeira alta nas expectativas de inflação para 2024 e 2025.

Na comparação com a semana anterior, a mediana das estimativas para o IPCA subiu ligeiramente para 2024 (3,82%) e 2025 (3,51%). Para 2026, a projeção seguiu inalterada (em 3,50%).

É importante destacar que a meta do Conselho Monetário Nacional (CMN) para a inflação é de 3%. O intervalo de tolerância é de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

No âmbito da política monetária, as projeções para a taxa Selic permaneceram inalteradas em todo período analisado, mantendo-se em 9,0% para 2024 e em 8,50% para 2025 e 2026.

Com relação à atividade econômica, as estimativas para o crescimento do PIB permaneceram estáveis para 2024 (1,60%), 2025 e 2026 (em 2,0% para os dois anos).

Por fim, a estimativa para a taxa de câmbio seguiu estável para 2024 (a R$/US$ 4,92), 2025 (a R$/US$ 5,00) e 2026 (a R$/US$ 5,04).

Vendas no varejo e produção industrial recuam nos EUA

As vendas no varejo dos EUA recuaram 0,8% em janeiro, uma retração mais forte do que o esperado pelo mercado (-0,2%). Também houve uma revisão para baixo da leitura anterior (agora, em 0,4%).

Excluindo automóveis e gasolina, as vendas também registraram queda (-0,5%). Já o grupo de controle, que tem maior relação com o componente de consumo do PIB, recuou 0,4%. Ambas as leituras surpreenderam o mercado, que projetava uma alta de 0,2% para os dois indicadores.

Já a produção industrial registrou uma queda de 0,1% em janeiro, enquanto a expectativa do mercado era de uma alta de 0,2%. A leitura anterior também foi revisada para baixo (agora, em 0,0%). A utilização da capacidade da indústria ficou em 78,5%, abaixo do patamar de dezembro, que foi revisado para cima hoje (78,7%) e da projeção do mercado, que esperava uma alta do indicador (78,8%).

Nossa visão: A leitura mais fraca de hoje reflete, em partes, uma acomodação dos consumidores após a forte temporada de festas de fim de ano, além do impacto negativo das temperaturas severas vistas no mês. Assim, a divulgação não altera a visão de que o consumo deva seguir saudável no curto prazo.

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