Relatório Focus: projeção para IPCA de 2025 sobe e atinge nova máxima

O Banco Central divulgou mais uma edição do Relatório Focus hoje, com mudanças nas projeções de IPCA, PIB, Selic e câmbio em diferentes prazos.

Começando pela inflação, a mediana das expectativas do IPCA para 2025 subiu novamente e chegou a 5,50%, de 5,08% na semana passada. Com isso, a projeção renovou a máxima e se distanciou ainda mais do teto do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual ao redor da meta de 3,00% ao ano definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A projeção para 2026 também subiu, de 4,10% para 4,22%, enquanto a de 2027 se manteve estável em 3,90%.

Em relação ao câmbio, as projeções para 2025 e 2026 continuaram em R$/US$ 6,00, mas a previsão para 2027 subiu levemente de R$/US$ 5,92 para R$/US$ 5,93, se aproximando das duas primeiras.

Já com relação à Selic, a previsão para 2025 seguiu em 15,00% a.a., mas a projeção para 2026 subiu de 12,25% para 12,50% e a de 2027, de 10,25% para 10,38%.

Por fim, para o PIB, a previsão de 2025 subiu de 2,04% para 2,06%, mas as estimativas para 2026 e 2027 caíram de 1,77% para 1,72% e de 2,00% para 1,96%, respectivamente.

Os índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da China caíram em janeiro. Segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês), a manufatura chinesa caiu 1,0 ponto, para 49,1, bem abaixo da expectativa do mercado, que era de manutenção em 50,1. A leitura abaixo de 50 indica que a atividade está retraindo.

Ao analisar os componentes do índice, tanto a produção (-2,3 pontos para 49,8) quanto as novas encomendas (-1,8 ponto para 49,2) foram impactadas negativamente, enquanto o emprego permaneceu estável, mas abaixo de 50 pontos.

O PMI não-manufatureiro também surpreendeu negativamente e caiu 2,0 pontos, para 50,2, enquanto a projeção do mercado era de manutenção em 52,2. O índice foi puxado por quedas tanto no setor de serviços (-1,7 ponto para 50,3) quanto na construção (-3,9 pontos para 49,3).

Nossa visão: os resultados de janeiro provavelmente foram distorcidos pela sazonalidade do feriado de Ano Novo Lunar e uma recuperação poderá ser vista no resultado de fevereiro. Diante disso, as perspectivas para a economia chinesa seguem inalteradas, pois uma revisão nas expectativas depende de tarifas e estímulos que só devem ser anunciados em março.

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