Revisamos nossos cenários local e global para dezembro

No Radar do Mercado: divulgamos nossa revisão de cenário, tanto local quanto global, vendo uma melhora no ambiente internacional

Por Itaú Private Bank

2 minutos de leitura

Revisão de cenário – Brasil

Vemos melhora no ambiente internacional, com o Federal Reserve começando a cortar juros mais cedo nos EUA em 2024. Além disso, o prêmio de risco doméstico em nível baixo e o bom desempenho da balança comercial oferecem suporte para a moeda. Assim, revisamos para baixo a projeção de câmbio, para R$ 4,90 por dólar em 2024.

Revisamos também nossas expectativas de déficit primário de 2023 para 2,3% do PIB e de 2024 para 0,8% do PIB, refletindo o deslocamento no tempo e a classificação integral como gasto primário do pagamento de precatórios e de receitas extraordinárias esperadas nesses anos.

Reduzimos a projeção de IPCA 2024 para 3,6%, incorporando impacto do câmbio mais apreciado sobre bens comercializáveis. Além disso, estoques ainda elevados sugerem dinâmica mais benigna do núcleo de industriais subjacentes. Para 2025, tendo em vista a desancoragem de expectativas longas e um mercado de trabalho ainda apertado, projetamos inflação acima da meta, em 3,5%.

Por fim, em seu último movimento do ano, o Copom reduziu a Selic em para 11,75%. Passamos a esperar taxa de 9,00% ao final do ciclo (anteriormente, 9,50%), com base na perspectiva de inflação menor em 2024 do que o anteriormente esperado e no alívio do cenário externo.

Confira o relatório completo.

Revisão de cenário – Global

O crescimento global continua a mostrar resiliência. Agora projetamos um PIB de 2,9% para 2024 e de 3,0% em 2025. Além disso, vemos sinais de uma desinflação mais rápida, o que leva a cortes mais cedo nas taxas de juros dos mercados desenvolvidos.

Nos EUA, diante da sinalização dos membros do Fed na última comunicação e a da inflação mais baixa na margem, antecipamos nossa projeção para o início dos cortes nos juros, de setembro para março. Na Europa, a inflação em queda e atividade fraca também abrem espaço para cortes de juros mais cedo, em abril (vs. junho no cenário anterior).

Na China, elevamos nossa estimativa de crescimento para 2024 (para 4,7%) diante da sinalização de mais estímulos. Mas desafios estruturais continuam e, por isso, esperamos crescimento de 4,5% em 2025. Por fim, na América Latina, os ciclos de flexibilização devem prosseguir em meio à melhora nas condições financeiras globais.

Confira o relatório completo.

PBoC mantém taxas de juros inalteradas

O banco central da China (PBoC, na sigla em inglês) manteve suas taxas de juros de referência para empréstimos inalteradas. Com isso, a taxa com vencimento de um ano, chamada Loan Prime Rate (LPR), permanece em 3,45% ao ano, enquanto a LPR de cinco anos, referência para hipotecas, está em 4,20% ao ano. A decisão já era esperada pelo mercado, uma vez que o PBoC já havia mantido o juro da linha de crédito de médio prazo (MLF) de um ano em 2,5% para instituições financeiras.

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No Radar do Mercado é um boletim diário que traz de forma simples e resumida os destaques no cenário macroeconômico local e internacional.

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