Taxa de desemprego cai no Brasil; núcleo do PCE acelera nos EUA

No Radar do Mercado: a taxa de desemprego brasileira recuou em janeiro; nos EUA, a inflação medida pelo núcleo do PCE veio em linha com as expectativas do mercado

Por Itaú Private Bank

2 minutos de leitura

Taxa de desemprego recua mais do que o esperado no Brasil

A taxa de desemprego do trimestre encerrado em janeiro foi de 7,6% (ante 7,4% no trimestre anterior), segundo dados divulgados pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). O resultado veio ligeiramente abaixo das expectativas do mercado (em 7,8%). Com ajuste sazonal, a taxa de desemprego caiu para 7,8%, de 8,0% no trimestre encerrado em dezembro.

O resultado acontece devido ao aumento de 0,3% do emprego na comparação com o mês anterior, com avanço nos setores formal e informal. A taxa de participação ficou estável em 61,9%. Além disso, a massa salarial real efetiva avançou 1,3% no mês, impulsionada pela expansão do emprego associada ao aumento do rendimento médio.

Nossa visão: os dados de janeiro continuaram mostrando resiliência do mercado de trabalho, com crescimento da população ocupada. Além disso, salários surpreenderam positivamente, acelerando para 0,9% em janeiro.

Inflação medida pelo núcleo do PCE sobe 0,4% em janeiro

O núcleo do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) dos EUA, que exclui os componentes mais voláteis, como energia e alimentos, avançou 0,4% em janeiro, na comparação mensal, acelerando em relação ao mês anterior (que foi revisado hoje para baixo, agora em 0,1%). A leitura veio em linha com a expectativa do mercado.

Na base anual, a alta foi de 2,8%, também conforme o esperado e desacelerando em relação ao mês anterior (2,9%). Vale lembrar que o indicador é uma das referências utilizadas pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) em suas decisões de política monetária.

O indicador “cheio” do PCE avançou 0,3% na comparação mensal, ligeiramente acima do resultado de dezembro, que também foi revisado para baixo (agora, em 0,1%). Na base anual, o indicador desacelerou para 2,4%, em linha com as expectativas.

O gasto nominal dos consumidores desacelerou em janeiro, conforme projetado pelo mercado. Já o gasto real (ajustado pela inflação) entrou em patamar negativo, também em linha com as expectativas, mas a leitura anterior foi revisada para cima.

Nossa visão: de maneira geral, o resultado de hoje veio conforme as expectativas do mercado. Além disso, reforçou um quadro de desinflação mais gradual e atividade resiliente no país, em linha com a leitura mais recente do Federal Reserve (Fed, banco central americano).

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