Varejo brasileiro começa o ano em ritmo forte
No Radar do Mercado: o IBGE divulgou hoje os números das vendas do varejo brasileiro para janeiro, com alta acima do esperado; já nos EUA, o resultado surpreendeu negativamente
Por Itaú Private Bank
Varejo brasileiro começa o ano em ritmo forte
O volume de vendas no comércio varejista ampliado apresentou uma expansão de 2,4% em janeiro em relação ao mês anterior, ficando acima das projeções do mercado, que esperavam uma alta menos intensa (de 0,4%). Na comparação anual, o indicador registrou alta de 6,8%.
Entre as 10 atividades analisadas no mês, quatro recuaram na margem. O destaque positivo veio de veículos e autopeças, enquanto artigos farmacêuticos surpreenderam negativamente.
Já no conceito restrito (que desconsidera veículos, motos, partes e peças, além de material de construção), as vendas subiram 2,5% no mês, também superando as expectativas do mercado (0,2%). Na comparação anual, a alta foi de 4,1%.
Nossa visão: de forma geral, os segmentos mais sensíveis à renda, como hiper e supermercados, trouxeram resultados surpreendentemente positivos, em linha com os resultados sólidos do mercado de trabalho e criando um viés positivo para o PIB do primeiro trimestre de 2024.
Vendas no varejo nos EUA abaixo do esperado
As vendas no varejo dos EUA avançaram 0,6% em fevereiro, resultado abaixo das expectativas do mercado (0,8%). O destaque, no entanto, ficou com as revisões aplicadas à série, que trouxeram os valores de dezembro e janeiro para baixo, por exemplo.
Em fevereiro, nove das 13 categorias analisadas registram expansão, em comparação ao mês e ano anterior, quando apenas três segmentos apresentaram alta.
O grupo de controle, que exclui alimentação, automóveis, materiais de construção e gasolina, e tem maior relação com o componente de consumo do Produto Interno Bruto (PIB) americano, se manteve estável em fevereiro, após retração em janeiro, sugerindo uma atividade mais fraca até esta altura.
Nossa visão: a leitura em território positivo em fevereiro, bem como o crescimento de 1,5% na comparação anual, reforça o quadro de atividade resiliente no país. Ainda assim, as revisões baixistas para os últimos meses destacam os sinais de moderação do consumo, após o forte segundo semestre do ano passado.
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