CLT ou PJ: qual é o melhor para você?
Por Itaú

CLT ou PJ? O que é melhor? Se você está com essa dúvida, vale a pena saber que a resposta depende do seu momento profissional, dos seus objetivos e da forma como você gosta de trabalhar. Para te ajudar a solucionar a dúvida, vamos explicar como funciona cada uma dessas modalidades de trabalho e apontar seus principais pontos positivos e negativos.
O que é CLT?
CLT é a sigla para Consolidação das Leis de Trabalho, um documento que formaliza os direitos e deveres de pessoas que trabalham com carteira assinada no Brasil. Por exemplo, a CLT garante direitos como:
- Descanso semanal remunerado;
- Férias remuneradas;
- Aviso prévio;
- 13º salário;
- FGTS;
- Seguro-desemprego;
- Horas extras remuneradas e adicional noturno;
- Licença maternidade e licença paternidade.
Por outro lado, ela prevê descontos de INSS e Imposto de Renda na fonte, ou seja, diretamente na folha de pagamento, antes de os pagamentos caírem na sua conta.
O que é PJ?
PJ significa Pessoa Jurídica, ou seja, que tem um CNPJ, que é o equivalente ao CPF (da pessoa física) para empresas e microempreendedores individuais.
Por isso, quem trabalha como PJ é alguém que tem uma empresa aberta (ou uma MEI, de Microempreendedor Individual) e emite nota fiscal para receber pelo serviço que prestou.
Quais as principais diferenças entre o sistema CLT e o PJ?
Quem trabalha como PJ, outro lado, não tem direito a férias, décimo terceiro, seguro-desemprego, FGTS etc. Porém, em geral, recebe o valor bruto que emite na nota fiscal e é responsável pelo pagamento dos impostos e contribuições previdenciárias.
Quais as vantagens e desvantagens de cada um?
As duas modalidades de trabalho têm suas vantagens e desvantagens. Confira quais são as principais:
Vantagens de trabalhar no sistema CLT
A principal vantagem de trabalhar no sistema CLT é poder contar com as leis trabalhistas que garantem direitos como férias remuneradas, décimo terceiro salário, aviso prévio, FGTS, seguro-desemprego etc. Porém, ela não é a única.
Outro ponto bastante positivo é a razoável estabilidade financeira que esse tipo de relação de trabalho oferece. Isso porque enquanto você está contratado pela empresa tem seu salário garantido na sua conta todo mês.
E, em caso de demissão sem justa causa, ainda pode contar com o período de aviso prévio (que é remunerado) e recebimentos de FGTS com multa de 40% sobre o saldo da conta, férias e décimo terceiro proporcionais.
Ou seja, mesmo que a demissão seja inesperada, você vai receber um dinheiro extra para organizar sua vida financeira até conseguir um novo emprego.
Para completar, quando você é CLT não precisa se preocupar com o pagamento de obrigações fiscais porque elas já são descontadas do seu salário pelo seu empregador.
Desvantagens de trabalhar no sistema CLT
Quem trabalha no sistema CLT sofre descontos de contribuição previdenciária (INSS) e imposto de renda na fonte. Ou seja, você só recebe na conta o salário líquido, depois de descontadas essas taxas que geralmente são relevantes.
Além disso, nesse tipo de relação de trabalho, o salário costuma ser fixo. Ou seja, mesmo que você entregue mais ou assuma uma nova responsabilidade, se não for promovido, vai ganhar o mesmo salário no final do mês.
Outra possível desvantagem é que os horários de trabalho costumam ser menos flexíveis.
Vantagens de trabalhar como Pessoa Jurídica (PJ)
Quem trabalha como PJ geralmente tem mais flexibilidade para definir seus horários e o local de trabalho. Outro ponto positivo é que, como PJ, você pode trabalhar para várias empresas ao mesmo tempo. Isso permite que você ganhe mais quando trabalhar mais.
Também existe a possibilidade de negociar uma remuneração mensal mais alta com a empresa para qual você presta serviço, uma vez que ela não precisa pagar direitos como férias, décimo terceiro FGTS etc. É por isso que, em geral, a remuneração mensal do PJ é maior que o salário mensal do CLT.
Desvantagens de trabalhar como Pessoa Jurídica (PJ)
As principais desvantagens de trabalhar como PJ são a ausência de direitos trabalhistas e a maior instabilidade financeira. Isso porque como PJ nem sua remuneração mensal está garantida. Isso quer dizer que você pode ter trabalho em alguns meses e em outros não. Ou que pode ganhar mais em um mês e menos no outro, o que torna o planejamento financeiro mais complicado.
Em alguns casos, o PJ até tem um contrato de prestação de serviços com a empresa pagadora, o que garante mais estabilidade financeira. Porém, esse tipo de contrato não garante acesso aos benefícios trabalhistas da CLT.
Outra desvantagem é que o PJ precisa se responsabilizar pelo pagamento de impostos e taxas previdenciárias da sua empresa. Ou seja, mesmo que o dinheiro que entra na sua conta PJ seja o valor total da nota fiscal que você emitiu, é preciso considerar que você vai pagar IR e INSS do próprio bolso.
CLT ou PJ: qual a melhor opção para contratação?
A melhor opção depende muito do seu perfil profissional, sua área de atuação e seus objetivos. Por isso, se você tiver como escolher, o ideal é avaliar alguns pontos principais para entender qual das alternativas faz mais sentido para o seu momento.
Qual é mais vantajosa financeiramente?
Financeiramente, para fazer essa análise da melhor forma, uma dica é comparar a remuneração total que você teria como CLT (incluindo férias e décimo terceiro) com a remuneração anual que você teria como PJ (ou seja, 12 meses de recebimento).
Como CLT, você recebe (pelo menos):
- 12 salários por ano;
- 1 salário como décimo terceiro;
- 1 salário de férias;
- 1/3 de salário como adicional de férias.
Como PJ, você recebe:
- 12 remunerações mensais.
Além disso, é preciso considerar estes pontos:
- Descontos de IR e contribuição previdenciária podem ser mais altos para quem trabalha como CLT;
- Ainda assim, quem trabalha como PJ também tem de arcar com essas taxas;
- Quem trabalha como CLT tem direito a FGTS e vale-refeição.
Qual é a melhor profissionalmente?
Aqui não existe uma fórmula ou um cálculo específico para chegar a uma resposta. A melhor opção entre CLT e PJ depende muito dos seus objetivos, do seu perfil profissional e da sua área de atuação.
De forma geral, CLT costuma ser mais interessante para quem:
- Valoriza a estabilidade financeira;
- Tem planos de crescer e fazer carreira em uma empresa;
- Gosta de ter horários fixos de trabalho;
- Prefere não se preocupar com pagamento de tributos;
- Fica mais tranquilo sabendo que terá direito a férias todos os anos.
Por outro lado, PJ pode valer a pena para quem:
- Sabe lidar com a imprevisibilidade financeira;
- Consegue prestar serviços para várias empresas e atuar em vários projetos ao mesmo tempo;
- Quer ter mais flexibilidade de horários;
- Prefere trabalhar por entregas, sem horários fixos.
Seja qual for a melhor opção de trabalho para o seu momento, você pode escolher o Itaú para receber sua remuneração na conta salário ou na conta PJ. Conheça as opções.
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