Vale a pena comprar um imóvel em 2024?
Por Itaú
Ter uma casa própria faz parte do projeto de vida de muitas pessoas. Não é por acaso que 31% dos brasileiros querem comprar um imóvel em 2024, de acordo com a pesquisa Radar Febraban. Sabemos, no entanto, que a realização desse sonho envolve uma série de decisões e um bom planejamento financeiro.
Então, para ajudar a descomplicar as principais etapas desse processo, reunimos neste artigo uma série de dicas e informações.
Quanto custa comprar um imóvel?
O primeiro passo para ter uma casa própria é descobrir quanto custa esse sonho. A tarefa não é muito simples porque os preços de imóveis variam de acordo com diversos fatores.
Os principais são o tamanho e idade da casa ou apartamento e, especialmente, sua localização. Na mesma cidade, o valor do metro quadrado de um imóvel residencial pode duplicar de um bairro para outro.
Você pode começar a formar uma ideia de preço pelo Índice FipeZAP de Venda Residencial, pesquisando o valor médio do metro quadrado na região em que você pretende comprar o imóvel.
Por exemplo, considerando os dados de junho de 2024, o preço médio do metro quadrado na cidade de São Paulo é R$ 11.011. Isso significa que se você pensa em comprar um apartamento de 60 metros quadrados na cidade, o imóvel deve custar em torno de R$ 660 mil.
Mas existe uma grande diferença entre um bairro e outro. No bairro do Itaim Bibi, o preço médio do metro quadrado é R$ 17.463. Ou seja, um apartamento de 60 metros quadrados custa algo em torno de R$ 1 milhão. Já na Vila Andrade, o valor médio é de R$ 7.898. Portanto, um apartamento equivalente custa cerca de R$ 470 mil.
Na cidade do Rio de Janeiro a diferença entre os bairros é ainda maior. Enquanto o preço médio do metro quadrado na cidade está em R$ 10.101, no Leblon, é R$ 23.335.
Isso significa que um apartamento de 60 metros quadrados no bairro da zona sul deve sair por cerca de R$ 1,4 milhão. Já na Tijuca, em que o metro quadrado custa em média R$ 6.813, o imóvel deve custar pouco mais de R$ 400 mil.
Leia também: O que compensa mais: alugar ou comprar um imóvel?
Quais são os outros custos envolvidos na compra de um imóvel
Quando você decide comprar um imóvel, também precisa considerar outros gastos, além do custo do apartamento ou da casa.
Por exemplo, se for financiar, é preciso dar uma entrada. Geralmente, os bancos pedem pelo menos 10% ou 20% do valor do imóvel. Ou seja, para comprar um apartamento de R$ 600 mil, você precisa ter R$ 60 mil, no mínimo. Além disso, vale a pena pesquisar se há outros custos como taxa de cadastro, vistoria etc.
Outros gastos importantes são os da documentação. O ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) é um tributo municipal cobrado na transferência do imóvel que pode custar até 4% do valor do imóvel, de acordo com o município em que ele está localizado.
Há ainda os custos de escritura, que ficam entre 1% e 3% do valor do imóvel, e do Registro de Imóveis, que fica em cerca de R$ 3 mil para um imóvel de R$ 600 mil em São Paulo, de acordo com a Calculadora do Registro de Imóveis do Brasil.
Comprar na planta ou pronto: como escolher?
Existem vantagens e desvantagens tanto em comprar um imóvel pronto quanto em comprar apartamento ou casa na planta. Para te ajudar a comparar as alternativas, separamos em grupos os pontos positivos e negativos de cada uma.
Vantagens de comprar apartamento na planta (ou casa na planta)
- Ele nunca foi habitado e tudo vai estar novo.
- Geralmente você pode personalizar algumas coisas na planta e escolher entre opções de acabamento.
- A infraestrutura normalmente é mais moderna.
- Antes da entrega das chaves, a construtora não pode cobrar juros.
Desvantagens de comprar apartamento na planta (ou casa na planta)
- Existe o risco de ele não ser entregue ou de a obra atrasar.
- Não há muita negociação de preço com a construtora.
- No financiamento, existem parcelas intermediárias e a parcela de entrega das chaves, que são mais altas e exigem uma organização financeira.
- Você não sabe quanto vai custar o condomínio.
Vantagens de comprar apartamento pronto (ou casa pronta)
- Você pode se mudar quando quiser.
- É mais fácil negociar o preço com o proprietário.
- O valor do condomínio já é conhecido.
Desvantagens de comprar apartamento pronto (ou casa pronta)
- Ele é usado e possivelmente precise de alguma reforma.
- A infraestrutura e a planta podem ser antigas.
A decisão depende muito do que você considera importante e do seu momento de vida. De qualquer forma, é provável que um apartamento pronto seja mais vantajoso para quem tem pressa de se mudar. Por outro lado, para quem não tem urgência e consegue encarar o risco da construção, um imóvel na planta pode ser uma boa opção.
Como comprar um imóvel em 2024?
Existem basicamente três formas de comprar um imóvel. Você pode pagar à vista, contratar um consórcio ou fazer um financiamento, que é a forma mais comum e acessível de ter uma casa própria. Confira a seguir como funciona cada modalidade de compra.
Compra à vista
A compra da casa própria à vista exige que você tenha um grande montante de dinheiro disponível. Por isso, quem opta por essa modalidade geralmente já construiu uma grande reserva financeira.
Das três formas de comprar um imóvel, esta é a mais barata, porque não há incidência de juros ou taxas de administração.
Financiamento imobiliário
A forma mais utilizada para comprar a casa própria é por meio de um financiamento imobiliário. Nesta modalidade, você dá um valor de entrada e parcela o restante em prestações mensais.
O valor da entrada, a taxa de juros e o prazo de financiamento variam de acordo com a sua idade e as condições oferecidas pela instituição financeira que oferece o crédito.
No Financiamento Imobiliário Itaú, por exemplo, você pode dar entrada de apenas 10% do imóvel e parcelar o valor restante em até 35 anos.
Consórcio de imóveis
O consórcio é uma alternativa para quem quer adquirir uma casa ou apartamento, mas ainda não tem dinheiro para dar de entrada e nem urgência para se mudar.
Nesta modalidade, você paga o valor do imóvel em parcelas sem juros e sem entrada, acrescido apenas de uma taxa de administração.
Todos os meses são realizados sorteios e lances para definir a ordem de contemplação dos participantes. Por isso, você não sabe ao certo quando vai comprar sua casa ou apartamento, mas tem a segurança de saber que isso vai acontecer até o final do contrato.
Passo a passo para conquistar sua casa própria
Quem quer realizar o objetivo de comprar uma casa própria precisa se planejar financeiramente e saber quais são suas necessidades e possibilidades. Para te ajudar nessa jornada, organizamos um passo a passo.
1. Conheça sua necessidade para estabelecer seu objetivo
Que tipo de imóvel você quer comprar? Para estabelecer esse objetivo, é preciso entender quais são as suas necessidades hoje e seus planos para o futuro. Isso porque a compra de um imóvel geralmente é um projeto de longo prazo.
Tente, por exemplo, responder a estas perguntas para entender qual é a sua necessidade:
- Com quem você vai morar nesse imóvel?
- Em que cidade ou bairro você quer comprar?
- Quando você quer morar?
- Você quer um imóvel personalizado do seu jeito?
- É melhor que seja uma casa ou um apartamento?
- Quantos dormitórios deve ter?
- É importante que tenha área comum no condomínio?
- Qual é o limite de preço para condomínio e IPTU?
- Precisa ter garagem?
2. Pesquise o preço médio do metro quadrado
Vamos imaginar que respondendo aquelas perguntas você descubra que precisa de um apartamento de 2 dormitórios, com cerca de 60 metros quadrados, área comum e garagem. Agora é hora de pesquisar o preço do metro quadrado nas regiões em que você considera morar.
3. Crie um planejamento financeiro e defina seu orçamento
O passo mais essencial para realizar a compra da casa própria é criar um planejamento financeiro. É preciso saber quanto você tem de dinheiro guardado hoje (se tiver) e quanto pode reservar por mês para a compra do imóvel.
Para facilitar o exemplo, vamos imaginar que o apartamento que você quer comprar custe R$ 400 mil. Você tem esse valor hoje ou vai precisar de financiamento? Se a ideia for financiar, vale considerar que você precisa ter disponível pelo menos o valor da entrada e da documentação.
Com esses pontos esclarecidos, sugerimos que comece seu planejamento financeiro com um controle de entradas e saídas, em que você registra tudo o que ganha (o valor líquido, que entra na sua conta depois de descontados os impostos) e tudo o que gasta (inclusive aqueles pequenos gastos do dia a dia).
Leia também: O que é planejamento financeiro?
Esse controle ajuda a descobrir quanto você pode poupar por mês para dar a entrada na compra do imóvel e, depois disso, quanto vai poder pagar de prestação mensal.
Nessa conta, é importante considerar alguns pontos. Por exemplo, se hoje você paga aluguel e vai optar por comprar um imóvel pronto, deve trocar essa despesa pela parcela do financiamento. É preciso fazer essas considerações para ter mais clareza dos seus números.
Você também pode perceber que hoje não consegue reservar dinheiro para realizar esse objetivo. Nesse caso, sugerimos que você utilize o controle de entradas e saídas para descobrir oportunidades de reduzir custos, pelo menos por um tempo.
Leia também: 11 dicas para cortar gastos e economizar dinheiro no dia a dia.
4. Faça uma simulação de crédito
Para ter ideia de quanto custa um financiamento, você pode fazer uma simulação de crédito imobiliário, indicando o tipo de imóvel que você quer comprar, valor total, valor de entrada, entre outras informações.
Com o resultado, você vai descobrir quanto deve pagar de parcela mensal e em quantos anos pode financiar o imóvel.
É importante que esses dados estejam alinhados ao seu planejamento financeiro. Se perceber que os valores da simulação estão muito acima do seu orçamento, sugerimos que volte ao primeiro passo e reveja seu objetivo. Mudar de bairro, por exemplo, pode ser uma alternativa.
5. Crie uma lista de interesse focada no seu objetivo
Agora chegamos à etapa de realmente procurar um imóvel com as características e o preço que você definiu. Pesquise anúncios online e crie uma lista de favoritos.
É interessante também observar o preço do condomínio e do IPTU desses imóveis porque essas despesas vão te acompanhar por todos os anos em que você morar lá.
Outra dica é pesquisar o endereço no mapa e avaliar pontos positivos e negativos importantes para você. Por exemplo, será que o local tem opções de transporte público? Fica perto de escolas, restaurantes ou padarias? Tem algum parque na vizinhança? Será que tem barulho? Essas questões são muito pessoais porque o que é importante para você pode não ser relevante para outra pessoa.
6. Agende suas visitas
Depois de refinar sua lista de interesse, é hora de começar a agendar as visitas aos imóveis. Se você for morar com mais alguém, é interessante que conheçam juntos a casa ou o apartamento.
Essa é uma decisão importante que deve considerar as preferências e necessidades de todas as pessoas que vão morar na casa ou apartamento.
7. Faça uma proposta
Quando encontrar o imóvel que você procura e que combina com as suas necessidades e possibilidades, vai ser o momento de fazer uma proposta. Isso significa oferecer um valor que você esteja disposto a pagar pela casa ou o apartamento.
Uma dica para fazer uma proposta bem-sucedida é conversar com a pessoa que está vendendo o imóvel e entender quais são as suas expectativas. Nessa conversa, você pode descobrir se há abertura para negociação ou se outras propostas foram recusadas.
8. Verifique a documentação do imóvel
Mais um passo importante é verificar a documentação do imóvel, checar se o nome do proprietário coincide com o do vendedor, se há dívidas de IPTU ou condomínio, entre outras questões que podem inviabilizar a negociação.
Se optar pelo licenciamento, você não precisará se preocupar com isso, pois o banco fará essa checagem, o que facilitará e dará mais segurança ao processo. Porém, se a ideia for pagar à vista, talvez seja o caso de contar com ajuda profissional para essa etapa.
9. Procure opções de financiamento (se for o caso)
O passo seguinte é dar andamento ao seu pedido de financiamento, agora com os dados do imóvel. Se necessário, refaça as simulações com os valores exatos da compra e envie sua proposta. O tempo de resposta varia entre as instituições financeiras.
Depois disso, vêm as etapas de envio e análise de documentação, confirmação de valores, assinatura e registro de contrato em cartório. No Itaú, todo o processo leva em torno de 45 a 60 dias.
No Itaú, o crédito imobiliário funciona assim:
- Você faz uma simulação e envia sua proposta pelo App Itaú ou pela página de Financiamento Imobiliário.
- Em até uma hora você recebe o retorno para financiamentos de até R$ 1,5 milhão.
- Você envia seus documentos para análise e acompanha sua proposta online.
- O Itaú faz a avaliação do imóvel e emite o contrato para registro em cartório.
- Após registro do contrato, o crédito é liberado em até 10 dias úteis.
10. Assine o contrato de compra e venda
Depois de receber a confirmação positiva do banco em relação à sua proposta de financiamento, você assina o contrato de compra e venda. Nesse contrato devem estar todas as condições da negociação e a data prevista para o pagamento do sinal.
O sinal, apenas para lembrar, é uma quantia que você antecipa a quem está vendendo o imóvel para demonstrar seu comprometimento com a compra.
Esse valor deve estar indicado na proposta que você enviou. Além disso, no contrato de compra e venda, devem estar explicadas em que condições esse dinheiro pode ou não ser devolvido.
Por exemplo, se houver algum problema com a documentação do imóvel, o vendedor tem que devolver o dinheiro e, em geral, ainda precisa pagar uma multa.
Leia também: Dicas para economizar na hora de mobiliar a casa
11. Pague o sinal
O passo seguinte é pagar o sinal. Depois, é só aguardar a conclusão do processo de financiamento, agendar um horário no cartório para concluir a transação e receber as chaves.
Vale a pena financiar um imóvel?
Quem pensa em comprar uma casa financiada costuma se perguntar se vale a pena fazer esse tipo de crédito. Para te ajudar a decidir, agrupamos os pontos positivos e negativos de financiar um imóvel.
Vantagens de comprar uma casa financiada:
- Você não precisa ter o valor total do imóvel para realizar a compra.
- Pode trocar o aluguel pela prestação mensal.
- Se comprar um imóvel pronto pode se mudar imediatamente.
- Diferentemente do aluguel, você vai pagar mensalmente por um bem que será totalmente seu no final do financiamento.
Desvantagens de comprar uma casa financiada:
- Você se compromete em pagar uma prestação mensal por até 35 anos.
- O imóvel só estará em seu nome quando o financiamento estiver quitado.
- O financiamento tem juros.
Sugerimos ainda que conheça a nossa playlist de crédito imobiliário com vídeos que respondem às principais dúvidas em relação ao financiamento.
Esperamos que nossas dicas te ajudem a se planejar para realizar o sonho de comprar sua casa própria. Lembramos ainda que você pode fazer simulações e enviar sua proposta de financiamento pelo App Itaú ou pela página do Financiamento Imobiliário Itaú.
O processo é totalmente online e descomplicado. E, se tiver dúvidas, você ainda pode contar com atendimento exclusivo e apoio durante toda a contratação.
Você também pode gostar
Alugar ou comprar um imóvel em 2024: Qual o melhor?
Está em dúvida entre alugar ou comprar um imóvel? Confira os benefícios de cada alter [...]
Planejamento Financeiro: 7 dicas para organizar sua vida financeira
Planejamento financeiro é o ato de administrar as entradas e saídas financeiras tendo [...]
Seguro Residencial: o que considerar e quais os benefícios?
O que deve ser levado em conta na hora de contratar um seguro residencial? Conheça os [...]