Inflação: o que é e como funciona em 2025

Por Itaú

3 minutos de leitura
Homem pesquisando sobre a inflação de 2025 em seu notebook

Há tantos comentários recentes sobre inflação e metas de inflação que muitas pessoas têm tentado entender melhor o que é o que é inflação, como ela afeta a nossa vida, como foi a inflação 2024 e como deve ficar a inflação 2025. Neste artigo, vamos explicar esses pontos principais.

O que é inflação?

Para começar, vale lembrar que inflação é o aumento nos preços de produtos e serviços. Por exemplo, quando dizemos que a inflação no Brasil foi de 4,47% entre dezembro de 2023 e outubro de 2024, isso significa que os preços em geral tiveram esse aumento no país.

Ou seja, se você gastava R$ 1 mil (apenas para facilitar a conta) no supermercado em dezembro de 2023, deve ter gastado R$ 1.044,66 para fazer uma compra equivalente em outubro de 2024.

A inflação é calculada por índices de preços, que são os chamados índices de inflação. O IPCA, por exemplo, que é a sigla para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, é produzido pelo IBGE e indica quanto o custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 e 40 salários-mínimos variou em determinado período. Ele é utilizado pelo governo federal como índice oficial de inflação no Brasil.

Além dele, existem outros índices:

  • INPC, também produzido pelo IBGE, que aponta a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 a 5 salários-mínimos.
  • IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), calculado pela FGV, que é formado por três índices que monitoram os preços por atacado (IPA-M), ao consumidor (IPC-M), e de construção (INCC). Esse índice é bastante utilizado em contratos de aluguel, seguros de saúde e reajustes de tarifas públicas, por exemplo
  • IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) que é calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e mede a variação de preços no Município de São Paulo para famílias com renda de 1 a 10 salários-mínimos.

Como é calculada a inflação?

A inflação é calculada a partir da comparação dos preços de determinados produtos e serviços em diferentes datas. Por exemplo, para calcular o índice IPCA, o IBGE faz um levantamento mensal em 13 áreas urbanas do país.

Nesse levantamento, ele pesquisa em torno de 430 mil preços em 30 mil locais. Todos esses preços são comparados com os valores do mês anterior. Dessa comparação é que sai o índice oficial de inflação do Brasil, que acaba refletindo a variação geral de preços ao consumidor no período.

Desde 1980 o IBGE produz e divulga o IPCA. A maior variação mensal ocorreu foi em março de 1990, quando os preços subiram 82,39% em relação ao mês anterior. A maior queda de preços ocorreu em julho de 2022, quando a inflação foi de -0,68%.

O que causa a inflação?

A inflação pode ser causada por vários motivos. Um deles é o aumento da demanda por um produto ou serviço. Ou seja, quando muita gente quer comprar a mesma coisa na mesma hora, o preço tende a subir.

Outro fator que pode causar inflação é o aumento dos custos de produção. Por exemplo, quando o alumínio está mais caro, tudo o que utiliza esse material tende a ficar mais caro também. Quando o preço do combustível sobe, o transporte de produtos fica mais caro. Consequentemente, seu preço final fica mais alto.

A inflação também pode ser causada quando existe muito dinheiro circulando na economia. Isso, geralmente, leva a população a comprar mais produtos e serviços, o que nos leva de volta ao primeiro item desta lista, que é a lei da oferta e demanda. Se a procura por um produto ou serviço for maior do que a sua disponibilidade, é muito provável que ele fique mais caro. Quando o preço aumenta, há inflação.

Qual o impacto da inflação na vida das pessoas?

A inflação impacta diretamente o custo de vida. Isso quer dizer que se de um ano para outro, por exemplo, seu salário aumentar menos que a inflação, você perdeu poder de compra. Ou seja, você consegue comprar menos coisas com o seu salário do que conseguia um ano antes.

O que é meta de inflação?

Meta de inflação é o valor máximo que o governo estabelece para o aumento dos preços em determinado período. É importante entender que o governo não tem como controlar esse aumento. Então, o que ele faz é determinar esse objetivo e regular a economia para que a inflação não ultrapasse esse teto.

Uma das formas de o governo controlar a inflação é por meio da taxa Selic, que é a taxa de juros oficial da economia do Brasil. É ela que orienta as outras taxas de juros do país, como a utilizado em empréstimos, cartão de crédito ou limite da conta.

Quando a inflação está alta, a tendência é de o Banco Central aumentar a Selic para controlar a subida de preços de produtos e serviços. Isso porque com crédito mais caro as pessoas tendem a consumir menos. Dessa forma, a demanda por produtos e serviços cai, o que acaba levando também à queda de preços.

Qual o novo sistema de metas de inflação?

Até 2024, o governo estabelecia metas de inflação para os anos seguintes. Porém, só era possível saber se o índice tinha ou não ficado dentro da meta quando o ano terminava e os dados de dezembro estavam disponíveis.

O que vai mudar em 2025?

A partir de 2025 isso muda porque, em vez de perseguir uma meta anual, o governo vai buscar uma meta fixa de 3%. Na prática, o novo sistema de metas de inflação avalia o IPCA de cada vez mês em relação ao índice acumulado dos últimos 12 meses. Com isso, é possível verificar se inflação está ou não dentro da meta mês a mês e não apenas em dezembro.

Além disso, ainda que a meta seja 3%, ela tem uma margem. Ou seja, uma inflação que esteja entre 1,5% e 4,5% está dentro da meta. No entanto, se o total ficar acima da margem superior por seis meses consecutivos, a meta não está sendo cumprida e o governo precisa trabalhar mais intensamente para rever essa situação.

Outra informação importante é que o governo vai poder alterar a meta. No entanto, se isso acontecer, a nova meta só entre em vigor três anos depois.

Como a nova regra da meta de inflação afeta a sua vida?

Com a nova regra da meta, tanto a inflação quanto a taxa de juros devem se tornar mais previsíveis. Na prática, isso ajuda a fazer planos que envolvem financiamentos e investimentos.

Como tentar se proteger da inflação em 2025?

A melhor forma de se proteger da inflação é aplicando seu dinheiro em investimentos que garantam seu poder de compra. A renda fixa oferece várias alternativas que acompanham o IPCA. Isso garante que seu dinheiro vai acompanhar o aumento dos preços de produtos e serviços observado pelo índice de inflação do IBGE.

Há também renda fixa atrelada à Selic, que é a taxa de juros oficial do Brasil. Como Selic e IPCA estão diretamente relacionadas, esse tipo de investimento também garante seu poder de compra ao longo dos meses e anos.

Conheça alternativas de investimento para se proteger da inflação em 2025 na nossa página de investimentos.

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