Copom encerra ciclo de alta, mas juros sobem em outras economias

Economia e mercados: em linha com o esperado, Copom manteve a taxa Selic; nos EUA e no Reino Unido, juros voltaram a subir nesta semana

Por Itaú Private Bank

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Crédito: Itaú Private Bank

A semana foi marcada pela decisão de política monetária dos bancos centrais. Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) interrompeu o ciclo de altas e manteve a taxa Selic em 13,75%, mas a decisão não foi unânime. Já o Federal Reserve (Fed, banco central americano) elevou novamente os juros dos EUA em 75 pontos-base, e o conjunto das projeções do comitê sugere mais uma alta desta magnitude na próxima reunião.

Confira, abaixo, os fatores que impactaram os mercados nos últimos dias.

Copom: uma pausa com tom duro

Em uma decisão dividida, o Copom manteve a taxa Selic em 13,75% a.a., como esperado. Além disso, o comitê deixou a porta aberta para uma retomada do ciclo de alta, caso o processo de desinflação não aconteça como desejado. Esperamos que o Copom não revise sua estratégia de manter os juros altos por um período prolongado, pelo menos por algumas reuniões.

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Fed eleva novamente juros em 0,75 p.p.

Em linha com as expectativas, o Fed promoveu mais uma alta de 75 pontos-base nos juros dos EUA, com a taxa agora no intervalo de 3% a 3,25%. As autoridades reduziram a projeção do PIB deste e dos próximos anos (mas sem apontar recessão), elevaram estimativas para a inflação e para os juros (sugerindo mais duas altas neste ano e cortes apenas em 2024).

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Banco central da China mantém taxas de juros

O banco central da China (PBoC, na sigla em inglês) manteve suas taxas de juros de referência para empréstimos de curto e longo prazos sem alterações, em linha com as expectativas. Com isso, a Loan Prime Rate (LPR) com vencimento de um ano permanece em 3,65% a.a., enquanto a LPR de cinco anos, referência para hipotecas, em 4,30%.

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BC britânico eleva juros em 50 pontos-base

Conforme esperado, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) elevou a taxa de juros do Reino Unido em 50 pontos-base, para 2,25%, em uma decisão dividida quanto à magnitude do movimento. Diante da votação apertada, possíveis surpresas de inflação subjacente e de medidas fiscais, não se pode descartar uma aceleração do ritmo na próxima reunião.

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Reino Unido anuncia expressivo pacote fiscal

O governo britânico anunciou um expressivo pacote fiscal, cujo valor estimado deve ultrapassar 150 bilhões de libras. O seu alto custo reforça as preocupações quanto à sustentabilidade fiscal no Reino Unido. Além do anúncio do maior corte de impostos desde 1972, o pacote prevê também subsídio das contas de energia para os próximos dois anos.

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PMI na zona do euro segue perdendo força

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro sugere que a economia segue perdendo força diante dos altos custos de energia. Houve uma queda, a terceira consecutiva, de 48,9 para 48,2 em setembro, mas em linha com as expectativas do mercado. Vale lembrar que leituras abaixo de 50 indicam contração da atividade.

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Nos EUA, indicador acelera em agosto

O PMI composto dos EUA subiu de 44,6 para 49,3 em setembro e surpreendeu o mercado. Tanto o setor industrial quando de serviços tiveram resultados acima das expectativas. No entanto, o PMI ainda aponta para uma atividade mais fraca nos últimos meses e, apesar da melhora no mês, o setor de serviços permanece em nível contracionista.

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