Focus: mercado reduz projeções para inflação, câmbio e PIB

No Radar do Mercado: relatório do Banco Central aponta recuo nas estimativas do mercado para o IPCA de 2025, câmbio e PIB em diferentes períodos

Por Itaú Private Bank

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tabela com os principais indicadores do relatório focus

O Banco Central divulgou nesta segunda-feira, 13, mais uma edição do Relatório Focus, registrando queda na projeção do IPCA deste ano, do câmbio para 2026 e 2027 e PIB em 2027.

A mediana das projeções do IPCA para 2025 caiu de 4,80% para 4,72%, após a surpresa com a leitura do IPCA referente a setembro divulgada na semana passada, mas ainda acima do teto do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual ao redor da meta de 3,0% ao ano definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2026, a estimativa se manteve estável em 4,28%, enquanto a previsão para 2027 permaneceu em 3,90%. Já a expectativa para a inflação de 12 meses à frente, um indicador importante para o Copom, apresentou um recuo de 4,21% para 4,13%.

O relatório também registrou manutenção nas projeções do PIB para 2025 (2,16%) e 2026 (1,80%). Já para 2027, houve uma redução de 1,90% para 1,83%. Em relação ao câmbio, a estimativa deste ano se manteve em R$/US$ 5,45. Para 2026, a oscilação foi de R$/US$ 5,53 para R$/US$ 5,50. Para 2027, de R$/US$ 5,56 para R$/US$ 5,51.

Por fim, as projeções para a taxa Selic ficaram estáveis, com manutenção em 15,00% a.a. até o final deste ano, 12,25% a.a. em 2026 e 10,50% a.a. em 2027.

Após elevar tensão comercial, China e EUA adotam tom mais ameno

Após a escalada recente nas relações bilaterais entre China e EUA, o fim de semana trouxe sinais de moderação de ambas as partes. Na última sexta feira, 10, o presidente americano, Donald Trump, anunciou novas tarifas de 100% sobre os produtos chineses, válidas a partir de 1º de novembro, em provável retaliação às restrições sobre a exportações de terras raras impostas pela China. A medida poderia elevar a tarifa efetiva média sobre as importações dos EUA em quase 6 p.p., para algo em torno de 24%. Em resposta, o Ministério do Comércio chinês defendeu suas restrições sobre exportações de elementos e equipamentos de terras raras.

Durante o final de semana, porém, tanto Washington quanto Pequim adotaram um discurso mais brando, indicando que as ações podem ter caráter mais tático e retórico nas negociações do que prático. Analistas avaliam que ambos os lados buscam uma trégua, e o próximo passo deve ser a confirmação de um encontro entre Trump e Xi Jinping na cúpula da APEC, na Coreia do Sul, no fim do mês.

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