IPCA fecha 2022 acima do esperado; nos EUA, CPI recua

A inflação brasileira acumulada em 2022 foi de 5,8%, abaixo dos 10,1% de 2021. Nos EUA, o indicador recuou em dezembro

Por Itaú Private Bank

4 minutos de leitura
Imagem ilustrativa do artigo IPCA fecha 2022 acima do esperado; nos EUA, CPI recua
Crédito: Getty Images/Itaú Private Bank

O IPCA encerrou 2022 acima do esperado pelo mercado. Nos EUA, a inflação medida pelo CPI recuou, em mais um indício do processo de desinflação, ainda que o ritmo do núcleo siga de lembrete de que a trajetória deve ser apenas gradual.

Também divulgamos nesta semana nossas revisões de cenário macro diante dos desafios fiscais no Brasil e do processo de desaceleração global.

Confira, abaixo, mais detalhes dos fatores que impactaram os mercados nos últimos dias.

IPCA encerra 2022 em 5,8%, acima do esperado

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve uma alta mensal de 0,62% em dezembro, acelerando frente a novembro e acima das expectativas. O indicador acumulado em 2022 foi de 5,8%, abaixo dos 10,1% de 2021. No curto prazo, o tom das revisões deve ser de alta, com a surpresa no dado desta semana e dos preços de combustíveis na bomba mais fortes no começo do ano.

Leia na íntegra.

Vendas no varejo caem em novembro

O volume de vendas no varejo brasileiro recuou 0,6% em novembro, abaixo da expectativa. Em relação ao mesmo período de 2021, houve alta de 1,5%. No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, a variação foi de -0,6% m/m e -1,4% a/a. Nossa visão é que a performance fraca deve continuar nos próximos meses.

Leia na íntegra.

Volume de serviços fica estável em novembro

O volume de serviços do Brasil teve uma variação nula em novembro, abaixo das expectativas do mercado (0,2%). Na comparação anual, o setor teve alta de 6,3%. Em nossa visão, o setor deve continuar desacelerando nos próximos meses. À medida que os efeitos da reabertura da economia estão diminuindo, esperamos um crescimento moderado para o setor no 4T22.

Leia na íntegra.

Ministério da Fazenda anuncia pacote fiscal

O ministro da Fazenda, Fernand Haddad, anunciou medidas fiscais para compensar o aumento das despesas no orçamento de 2023. O impacto fiscal pode ser de até R$ 243 bilhões. Mas há incertezas da efetividade de algumas propostas, com isso, Haddad estabeleceu como objetivo perseguir um déficit primário entre -1,0% e -0,5% do PIB neste ano

Leia na íntegra.

Inflação dos EUA recua em dezembro

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA registrou uma queda de 0,1% em dezembro. Na comparação anual, a alta foi de 6,5%, cedendo frente ao mês anterior (7,1%). O núcleo do indicador, que exclui itens mais voláteis, avançou 0,3% m/m. Na base anual, houve desaceleração de 6,0% para 5,7%.

Leia na íntegra.

Revisão de Cenário – Brasil: desafio fiscal crescente

A PEC da Transição implica um aumento no gasto público em 2023, ainda que o resultado fiscal do ano possa ser pontualmente melhor dependendo do sucesso do pacote fiscal anunciado. Estimamos um PIB de 2,8% em 2022 e de 0,9% em 2023. O IPCA deve acumular alta de 5,8% em 2023 e 3,7% em 2024. Esperamos manutenção da Selic até o quarto trimestre de 2023, quando projetamos redução para 12,50% ao ano.

Leia na íntegra.

Revisão de Cenário – Global: desaceleração sem recessão

O arrefecimento da inflação global permitiu que os bancos centrais chegassem perto do fim do ciclo de aperto. Com juros mais elevados, a atividade global deve desacelerar, mas sem recessão. O Federal Reserve manterá os juros em 5,1% para atingir a meta de inflação nos EUA. Na Europa, o cenário deve ser de recessão, porém mais moderada do que se esperava. Na China, PIB deve crescer 4,8% em 2023.

Leia na íntegra.