Mercado de trabalho brasileiro dá sinais de desaceleração

Taxa de desemprego do país veio em linha com as expectativas, mas tanto o setor formal quanto o informal recuaram

Por Itaú Private Bank

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Crédito: Getty Images/Itaú Private Bank

No trimestre encerrado em novembro, a taxa de desemprego atingiu 8,1%, em linha com as expectativas. No entanto, o setor formal registrou a primeira queda desde 2020.

A desaceleração deve continuar à frente, uma vez que esperamos um crescimento do PIB de 0,9% em 2023, afetado negativamente por condições monetárias mais apertadas e pelo desempenho econômico mundial mais fraco.

Confira, abaixo, mais detalhes dos fatores que impactaram os mercados nos últimos dias.

Emprego formal no país cai pela primeira vez desde 2020

A taxa de desemprego do Brasil atingiu 8,1% no trimestre encerrado em novembro, segundo a Pnad Contínua, em linha com as expectativas. Mas o segmento formal vem perdendo força e registrou sua primeira queda desde dezembro de 2020. Já o setor informal teve a quarta queda consecutiva. Em nossa visão, os dados confirmam a desaceleração do mercado de trabalho, movimento que deve continuar à frente.

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Vendas no varejo dos EUA recuam em dezembro

As vendas no varejo dos EUA retraíram 1,1% em dezembro, em uma queda mais profunda do que o esperado e que o registrado em novembro. O recuo é mais um indício do processo de desaceleração da economia, ainda que em ritmo gradual, e está alinhada à percepção do mercado de que o Federal Reserve pode desacelerar o ritmo de alta nos juros em fevereiro.

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Produção industrial dos EUA também recua

A leitura da produção industrial americana também retraiu além do esperado pelo mercado em dezembro e foi marcada por revisões negativas dos números anteriores. A produção mensal acelerou o ritmo de contração, de -0,6% em novembro para -0,7%, enquanto a expectativa era de uma queda mais branda, de -0,1%.

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Ata do BCE indica que alta nos juros deve continuar

A ata da última reunião do Banco Central Europeu (BCE) destacou que muitas autoridades não gostariam de desacelerar o ritmo da alta nos juros para 50 pontos-base, mas concordaram em um menor ritmo, desde que acompanhado de uma mensagem mais dura. A ata mostrou também que o processo ainda está longe de terminar e confirma a expectativa de um novo aumento de 50 pontos-base em fevereiro.

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PIB da China surpreende no quarto trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) da China surpreendeu o mercado e cresceu 2,9% no quarto trimestre, na comparação anual. A expectativa era de uma alta mais branda, de 1,6%. Com isso, o país cresceu 3% em 2022, desacelerando em relação aos 8,1% registrados em 2021. A meta de crescimento do país para 2023 deve ser anunciada pelo governo apenas em março.

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Dados de atividade da China desaceleram

Os dados de atividade de dezembro desaceleraram em relação ao mês anterior, mas vieram melhores do que o esperado. A produção industrial desacelerou para 1,3%, enquanto a expectativa era de 0,2%, e sugere que as disrupções na cadeia de suprimentos têm sido mais limitadas do que o antecipado. As vendas no varejo caíram 1,8%, e o desemprego caiu para 5,5%.

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Banco central da China mantém novamente as taxas de juros

O banco central da China (PBoC, na sigla em inglês) manteve inalteradas suas taxas de juros de referência para empréstimos de curto e longo prazos. Com isso, a Loan Prime Rate (LPR) com vencimento de um ano segue em 3,65% ao ano, enquanto a LPR de cinco anos, referência para hipotecas, está em 4,30%. A decisão veio em linha com as expectativas do mercado.

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