Payroll continua surpreendendo o mercado nos EUA

Economia e Mercados: o Payroll segue mostrando a resiliência do mercado de trabalho; na Zona do Euro, ata do BCE apontou que cortes nos juros estão próximos

Por Itaú Private Bank

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Crédito: Getty Images/Itaú Private Bank

O destaque na agenda dos investidores na semana foi a divulgação do relatório de folha de pagamentos nos EUA, que aconteceu nessa sexta-feira. A leitura do Payroll mostrou um mercado de trabalho robusto, com a criação de vagas bem acima do esperado.

Enquanto isso, na Zona do Euro, houve a divulgação da inflação de março e a ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu. O documento, que detalhou as discussões do comitê no mês de março, aponta para a possibilidade de o ciclo de corte de juros ter início em junho.

A seguir, confira mais detalhes.

China registra dados de atividade acima do esperado

Os índices de gerentes de compras da China avançaram mais do que o esperado pelo mercado em março. A manufatura teve alta significativa, tanto na leitura dos dados do Escritório Nacional de Estatísticas, como na pesquisa privada da Caixin. O PMI não-manufatureiro também surpreendeu positivamente, influenciado pelo setor de serviços e de construção. Em geral, a leitura indica bons resultados para o primeiro trimestre. A maior parte dos PMIs vieram acima de 50, indicando o caráter expansionista da atividade.

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Produção industrial recua 0,3% em fevereiro

A produção nacional registrou uma retração mensal de 0,3%, resultado abaixo do projetado pelo mercado, que esperava uma alta (0,2%). A leitura marca o segundo recuo consecutivo do indicador, puxado novamente pela contração do setor de mineração/extrativa. Frente a fevereiro de 2023, a indústria cresceu 5,0%. À frente, esperamos um aumento na produção, com alguma recuperação das indústrias extrativas.

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Inflação desacelera em março na Zona do Euro

O índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Zona do Euro desacelerou para 2,4% em março, na comparação anual. A queda foi mais intensa do que o esperado. O núcleo, que exclui os componentes mais voláteis, também recuou, para 2,9%, em meio à continuada desinflação de bens. Com isso, a inflação encerrou o primeiro trimestre em 2,6%, conforme projetado pelo Banco Central Europeu em março. A expectativa é que os indicadores continuem em trajetória de desinflação, dando confiança para o início dos cortes em junho.

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Ata do BCE mostra que cortes de juros estão próximos

O Banco Central Europeu (BCE) divulgou a ata de sua última reunião, quando os juros foram mantidos inalterados. O documento manteve um tom cauteloso, ressaltando a necessidade de uma política monetária restritiva pelo tempo necessário. O comitê reforçou a postura dependente de dados e concluiu que os argumentos a favor de cortes nas taxas estão se fortalecendo, com a evolução do cenário de desinflação. Segundo a autoridade, até junho deve haver mais informações para discutir uma eventual redução nas taxas.

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Payroll: criação de vagas volta a surpreender o mercado

O Payroll, relatório de folha de pagamentos do Departamento do Trabalho dos EUA, indicou a criação de 303 mil vagas em março, superando a projeção de mercado e a leitura de fevereiro. A taxa de desemprego caiu mais do que o esperado, para 3,8%, enquanto a taxa de participação subiu levemente (62,7%). Os ganhos salariais por hora trabalhada também aceleraram em relação a fevereiro. A leitura indica um mercado de trabalho ainda resiliente e corrobora a visão cautelosa do Federal Reserve com relação a eventuais cortes de juros.

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