O que é COE? Saiba mais sobre esse investimento em 2025
Por Itaú

Você conhece a sigla COE? Embora não seja tão conhecido quando a renda fixa ou a renda variável, COE é um tipo de investimento que pode ser interessante para quem procura uma combinação entre segurança e potencial de retorno. Para te ajudar a entender se COE é uma alternativa para sua carteira, neste artigo vamos explicar como funciona, como é a tributação e quais são suas vantagens e desvantagens.
O que é COE?
COE é a sigla para Certificado de Operações Estruturadas, um tipo de investimento oferecido por instituições financeiras que combina a segurança da renda fixa e com o potencial de ganho da renda variável. Em geral, o COE tem data de vencimento definida, oferece previsibilidade de ganhos e ainda estabelece um limite para perdas.
Ele é um produto razoavelmente recente na economia brasileira porque foi regulamentado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) do Banco Central no segundo semestre de 2013. Ou seja, tem pouco mais de dez anos.
Como funciona o COE?
O COE é um certificado emitido por instituições financeiras, assim como são os CDBs e as LCIs, por exemplo. Na prática, essas instituições oferecem alguns produtos com estratégias pré-definidas e o investidor escolhe qual deles está mais alinhado ao seu momento e aos seus objetivos.
Por exemplo, um banco pode oferecer um COE que atrela parte do retorno à variação do dólar. Nesse caso, ele garante determinada rentabilidade para o melhor cenário (ou seja, para o caso de o dólar subir) e para o pior cenário (o que significa se o dólar cair). Ou seja, existe o risco da renda variável combinado à previsibilidade da renda fixa.
Outro exemplo são COEs atrelados à inflação. Esse tipo de produto pode garantir um retorno entre a variação do IPCA (no melhor cenário) e uma taxa fixa anual (no pior cenário). Na prática, o investidor sabe que vai ter um ganho em qualquer situação, mas não sabe se o ganho vai ser maior ou menor, porque isso depende do que vai acontecer com a economia.
Além disso, é importante saber que existem basicamente duas modalidades de COE disponíveis no mercado. A primeira é o CEO com capital protegido. Nessa modalidade, na pior das hipóteses, o investidor recebe de volta o dinheiro que investiu. Ou seja, na data de vencimento, ele não corre o risco de receber menos do que aplicou.
Na segunda modalidade, que é a de capital em risco, o investidor pode perder uma parte do capital que investiu. A diferença do COE para a renda variável pura é que essa parte que pode ser perdida é combinada no momento da contratação do investimento. Por exemplo, quando o COE oferece 90% de proteção isso significa que o investidor pode perder, no máximo, 10% do que investiu.
Quais as principais vantagens dos COEs?
Listamos a seguir as principais vantagens dos COEs:
Possibilidade de ganhos maiores
Como COEs combinam renda fixa com renda variável, eles oferecem a possibilidade de você ganhar mais do que ganharia com a renda fixa tradicional. Por exemplo, um título do Tesouro Direto pode oferecer rentabilidade prefixada de 12% ao ano enquanto o COE pode oferecer uma taxa fixa equivalente e ainda a possibilidade de aumentar seus ganhos com a valorização do dólar ou de alguma ação internacional.
Proteção total ou parcial para o capital investido
Diferentemente da renda variável tradicional, o COE oferece proteção para o dinheiro que você aplica. Isso significa que você investe já sabendo quanto vai receber de volta no pior cenário possível. Quando você aplica em ações, por exemplo, não é possível saber quanto elas podem se desvalorizar. Portanto, não é possível determinar um limite para o prejuízo que você pode ter.
Oportunidade de diversificação de investimentos
Ao aplicar em COE você está investindo em uma combinação de elementos o que significa que seu portfólio fica mais diversificado e você tem oportunidade de ganhar em diversos cenários econômicos.
Transparência em relação às possibilidades de retorno
As possibilidades de retorno do COE, no melhor e no pior cenário, são conhecidas antes de você decidir em qual produto quer aplicar o seu dinheiro. Ou seja, você sabe quanto deve ganhar no melhor e no pior cenário.
Variedade de produtos e estratégias
Existem COEs com características e estratégias muito diversificadas no cenário. Isso permite que cada investidor encontre o produto que mais combina com seu perfil e seus objetivos no momento da aplicação.
E quais as desvantagens desse investimento?
Por outro lado, os COEs também têm alguns pontos de atenção. Confira:
Estratégias complexas
As estratégias dos COEs às vezes são bastante complexas, o que pode complicar o entendimento do investidor iniciante.
Baixa liquidez
COEs não podem ser resgatados a qualquer momento. Por isso, são considerados investimentos de baixa liquidez. Em geral, é preciso carregar a aplicação até a data de vencimento. E, quando há possibilidade de sair da aplicação de forma antecipada, o investidor não tem retorno garantido e pode sofrer perdas.
Risco de crédito
O COE tem o risco de crédito da instituição financeira, uma vez que não é garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), instituição privada sem fins lucrativos que protege o dinheiro dos investidores em até R$ 250 mil por CPF e/ou CNPJ. Isso significa que se o banco falir, você pode perder o dinheiro aplicado.
COE tem cobrança de Imposto de Renda?
Sim, os rendimentos do COE têm cobrança de imposto de renda na fonte de acordo com a tabela progressiva do IR.
Como funciona a tributação dos COEs?
Confira qual é a tributação dos rendimentos dos COE de acordo com o tempo em que o dinheiro permanece aplicado.
Tempo investido | Alíquota |
---|---|
Até 180 dias | 22,5% |
De 181 dias até 360 dias | 20% |
De 361 dias até 720 dias | 17,5% |
Mais do que 720 dias | 15% |
Quanto rende um COE?
Não é possível dizer exatamente quanto rende um COE porque cada produto segue uma estratégia específica. Na hora de considerar esse investimento, o importante é observar todas as suas características da sua estratégia, incluindo se ele oferece uma porcentagem mínima e máxima de ganho.
Em geral, vale a pena prestar bastante atenção nos pontos a seguir.
- Valor mínimo de aplicação, que é a quantidade mínima de dinheiro que você precisa investir para entrar naquele COE.
- Modalidade capital protegido ou capital em risco, o que indica se o seu dinheiro está totalmente protegido ou se você corre o risco de perder uma parte do que investiu.
- Prazo de operação, que é o período em que seu dinheiro deve ficar aplicado.
- Grau de risco, que indica se é baixo, médio ou alto.
- Ativo a que ele está atrelado, como dólar, IPCA etc.
Ficou interessado em COE? Descubra o que combina mais com seu perfil de investidor, seu momento e seus objetivos na página do Itaú. Se ainda não tem conta no Itaú, visite nossa página e descubra a opção que mais combina com você.
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