Copom endurece o tom em sua ata de política monetária

Economia e Mercados: a ata da última reunião do Copom veio com um tom bastante duro; nos EUA, a inflação veio relativamente em linha com o esperado para abril

Por Itaú Private Bank

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Crédito: Getty Images/Itaú Private Bank

A ata da última reunião do Copom foi destaque na agenda dos investidores nesta semana. O documento com mais detalhes sobre a decisão não unânime de reduzir os juros para 10,50% trouxe um tom duro e, a nosso ver, abriu a porta para o fim do ciclo de cortes.

Nos EUA, o índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de abril veio relativamente em linha com o esperado, com as medidas de núcleo desacelerando, mas ainda em nível elevado.

Também publicamos a nossa revisão mensal de cenário macroeconômico, tanto local quanto internacional.

Confira mais detalhes:

Setor de serviços registra alta no 1T24

Em março, a receita real do setor de serviços (PMS) avançou 0,4% na comparação mensal, perto da nossa projeção (0,3%) e acima das expectativas do mercado (0,2%). No geral, o setor cresceu 0,5% no 1T24 (em relação ao mesmo período do ano anterior), impulsionado pelos “Serviços oferecidos às famílias”, que expandiram 1,3%. Isso corrobora nossa visão de que o consumo sustentou uma parte importante do crescimento nos primeiros três meses do ano. Para abril, esperamos algum retorno para os “Serviços oferecidos às famílias”.

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Governo troca comando da Petrobras

O governo anunciou a saída de Jean Paul Prates da Petrobras. O CEO será substituído por Magda Chambriard, que foi diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de 2012 a 2016 e trabalhou na Petrobras por mais de 22 anos. Atualmente, é consultora na área de óleo, gás e biocombustíveis, diretora da assessoria fiscal da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e sócia da Chambriard Engenharia e Energia. O mercado vai monitorar possíveis mudanças na diretoria, além das expectativas do governo para a nova gestão, especialmente nos planos de investimentos e no pagamento de dividendos extraordinários.

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Ata do Copom: fim de ciclo à vista

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), quando houve a decisão dividida por um corte de 25 pontos-base, trouxe um tom bastante duro e abriu a porta para o fim do ciclo de flexibilização. O documento mostrou que as conjunturas doméstica e internacional devem se manter incertas, exigindo maior cautela na condução da política monetária. A ata apontou que houve discordância apenas sobre o ritmo de cortes, mas sem divergências no diagnóstico geral e na adoção de uma política mais contracionista diante das incertezas no cenário, sem indicações sobre os próximos passos.

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Revisão de Cenário – Brasil

Revisamos para cima a nossa projeção do IPCA 2024 para 3,8%, incorporando preços de alimentos e bens industriais mais altos no ano. Para 2025, revisamos a projeção para 3,7%, incorporando o efeito do câmbio em bens industriais. O cenário global desafiador e as incertezas domésticas fizeram com que o BC reduzisse o ritmo de cortes. Avaliamos que o espaço para quedas adicionais está mais limitado. Elevamos a projeção para a Selic, que agora esperamos que termine o ano em 10,25% a.a., permanecendo nesse patamar até o final de 2025.

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Revisão de Cenário – Global

O crescimento forte nos EUA e inflação persistente devem dificultar o corte de juros. Esperamos o início do ciclo apenas em dezembro, mas os riscos são assimétricos, na direção de nenhum corte em 2024. Na Europa, o primeiro corte deve vir em junho, mas o cenário global limita o espaço para redução, enquanto a melhora da atividade elimina a urgência de quedas consecutivas. Para 2025, projetamos quatro reduções, levando os juros para 2,25%. Quanto à China, elevamos nossa projeção de crescimento para 5,0% em 2024, ainda com impulso relevante vindo de manufatura e infraestrutura.

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Inflação sobe 0,3% em abril nos EUA

O índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA subiu 0,3% em abril, ligeiramente abaixo do projetado pelo mercado, que esperava uma manutenção do ritmo de março (0,4%). Em 12 meses, a inflação desacelerou para 3,4%, em linha com as expectativas. O núcleo do indicador, que desconsidera itens mais voláteis, como alimentos e energia, desacelerou na comparação mensal e na anual, mas ainda em nível elevado. A composição mostra os preços de serviços ainda como o fator mais persistente da inflação, mas em desaceleração, enquanto o núcleo de bens segue contribuindo negativamente para o indicador.

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Produção industrial nos EUA desacelera em abril

A produção industrial dos EUA desacelerou em abril, para 0% na comparação mensal, conforme divulgado pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano). O resultado veio ligeiramente abaixo do que o esperado pelo mercado e combinado com uma revisão para baixo da leitura do mês anterior, para 0,1%. De maneira geral, o indicador segue sinalizando uma atividade industrial ainda frágil, em especial no setor manufatureiro.

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Governo chinês anuncia estímulo ao setor imobiliário

As autoridades chinesas anunciaram um programa nacional para liberar 300 bilhões de yuans em fundos de empréstimo para 21 bancos, a uma taxa de 1,75%. Segundo o banco central chinês, isso se traduziria em um crédito estimado de 500 bilhões de yuans (0,4% do PIB) para compras de moradias com o objetivo de redução de estoques. Além disso, houve anúncio de remoção dos pisos das taxas de hipoteca e redução das taxas mínimas de entrada para compra de imóveis. Apesar da importância das medidas para ajudar a estabilizar o setor, acreditamos que elas não são suficientes para limpar os estoques de imóveis ainda não vendidos.

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Dados de atividade mistos em abril na China

O Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) divulgou os dados de atividade da China referentes ao mês de abril. Em geral, os dados vieram mistos. A produção industrial acelerou em abril, puxada especialmente por manufatura. Por outro lado, a demanda doméstica e o setor imobiliário permaneceram fracos. O quadro ainda é compatível com um crescimento do PIB dentro da meta do governo, dado que a manufatura e a infraestrutura mais fortes devem compensar a fraqueza do setor imobiliário e da demanda doméstica.

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