Copom mantém taxa Selic estável, em decisão unânime

Economia e Mercados: em semana marcada por decisões de política monetária ao redor do mundo, Copom interrompeu o ciclo de queda da taxa Selic no Brasil

Por Itaú Private Bank

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Crédito: Getty Images/Itaú Private Bank

O destaque da semana na agenda dos investidores foi a decisão do Copom de interromper o ciclo de queda de juros. Na reunião dessa semana a autoridade optou unanimemente por manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, em linha com as expectativas do mercado.

Ainda no âmbito monetário, os bancos centrais da Inglaterra e da China mantiveram as taxas de juros inalteradas. As decisões foram tomadas em meio às divulgações de alta na inflação no Reino Unido e aos dados de atividade chineses que seguem indicando uma economia com desempenho misto.

Confira mais detalhes:

Copom interrompe ciclo de quedas de juros

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central interrompeu o ciclo de queda e manteve a taxa Selic em 10,50% ao ano. No comunicado, o comitê justificou a necessidade de maior cautela diante das incertezas em torno de quando começará o corte dos juros nos EUA, da resiliência da atividade econômica brasileira, entre outros fatores. O comitê mostrou estar atento às implicações da política fiscal e observou que as expectativas de inflação se afastaram mais da meta. A decisão deve ajudar a restaurar a confiança no compromisso do comitê com a meta de inflação, que aparentemente havia sido prejudicada pelo dissenso anterior. Ainda esperamos que a taxa Selic termine este ano e o próximo no patamar atual.

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Banco da Inglaterra mantém juros inalterados

O Banco da Inglaterra decidiu manter sua taxa de juros em 5,25%, em linha com o esperado. Segundo o comunicado, a decisão novamente não foi unânime, ainda com dois votos contrários, que defendiam um corte de 25 pontos-base. A autoridade monetária avaliou que a inflação continuará moderando adiante, apesar das surpresas altistas na comparação com suas projeções. No que diz respeito aos próximos passos, o comitê reforçou que as decisões seguem dependentes dos dados, mantendo as opções em aberto.

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China mantém juros inalterados

O Banco Central da China (PBoC, na sigla em inglês) novamente manteve inalteradas as taxas de juros da Loan Prime Rate (LPR) de um ano, em 3,45%, e de cinco anos (referência para hipotecas), em 3,95%. A decisão veio em linha com o esperado pelo mercado.

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Dados de atividade mistos na China

Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês), a produção industrial da China teve alta de 5,6% em maio na comparação anual, abaixo das expectativas e desacelerando em relação à última leitura. Já as vendas no varejo avançaram 3,7%, acima do esperado. Os investimentos continuaram crescendo em ritmo sólido, enquanto os indicadores do setor imobiliário seguiram fracos. A leitura mostra que a economia da China segue tendo um desempenho misto, com a manufatura e a infraestrutura apoiando o crescimento, enquanto o setor imobiliário continua mostrando sinais de fraqueza. Projetamos que o PIB chinês cresça 5,0% em 2024.

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EUA: Vendas no varejo em ritmo fraco

As vendas no varejo dos EUA subiram 0,1% em maio, acelerando na comparação com a leitura de abril, que foi revisada para baixo. O resultado veio abaixo das projeções do mercado. O grupo de controle, que tem maior relação com o componente de consumo do PIB americano, acelerou para 0,4%, após uma retração. Em geral, o resultado sinaliza alguma moderação no consumo americano. Nesta semana, também houve a divulgação da produção industrial, que avançou mais do que o esperado pelo mercado.

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Destaques da próxima semana

No Brasil, o destaque será a ata da última reunião do Copom, na terça-feira, e o Relatório de Inflação do segundo trimestre. Do lado da inflação, o IPCA-15 de junho sairá na quarta-feira. Além disso, dados do mercado de trabalho serão divulgados, com Caged na quinta e PNAD na sexta-feira. Nos EUA, a inflação medida pelo PCE será publicada na sexta-feira. Também merece destaque o primeiro debate presidencial entre os candidatos Trump e Biden, na quinta-feira. Na China, as sondagens de atividade de junho sairão na sexta.

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