Ata do Fed mostra comitê disposto a elevar os juros novamente

Em uma semana com poucas divulgações relevantes para o mercado, o principal destaque foi a divulgação da ata da última reunião de decisão de política monetária nos EUA. O documento manteve o tom mais duro que observamos quando houve a comunicação oficial da decisão e sinalizou que as autoridades estão dispostas a elevar mais os juros, se necessário.

Para a próxima semana, as atenções se voltam para as leituras de inflação ao redor do mundo, com a divulgação do IPCA-15 e do IGP-M no Brasil, além do PCE nos EUA e do CPI na zona do euro.

Confira mais detalhes:

A ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano), quando a autoridade manteve os juros no intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano, seguiu com o tom mais duro. Um dos destaques foi que, embora o comitê avaliasse que a política monetária está "bem-posicionada", vários membros mostraram disposição a restringi-la ainda mais, se necessário. A ata reforça nossa visão de que os cortes de juros virão provavelmente no final do ano e que, para isso, será preciso uma inflação mais bem-comportada nos próximos meses, o que dará conforto à autoridade monetária de que a variação dos preços caminhará para a meta de 2%.

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O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da Zona do Euro avançou em maio, para 52,3, com a atividade ainda em patamar expansionista. O resultado se deve ao avanço na leitura do setor manufatureiro, que, apesar de ter vindo acima das expectativas, segue em patamar contracionista. Já o PMI de serviços se manteve estável, ligeiramente abaixo das projeções do mercado. De maneira geral, o recente movimento do indicador composto indica um resultado positivo no crescimento do PIB no bloco para o segundo trimestre do ano.

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O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Reino Unido recuou em maio, para 52,8, abaixo da projeção do mercado. Apesar disso, a atividade segue sólida e ainda em patamar expansionista. O movimento foi puxado pela queda no setor de serviços, enquanto a manufatura avançou e entrou em nível que indica expansão.

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O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, convocou eleições gerais para o dia 4 de julho, surpreendendo as expectativas, que eram de uma votação apenas no outono. A maioria dos deputados do Partido Conservador defendia que Sunak esperasse até o outono para marcar as eleições, na esperança de que as pesquisas melhorassem e os eleitores sentissem um avanço na economia. No entanto, o primeiro-ministro escolheu apostar em uma antecipação, aproveitando que a leitura de inflação mais recente indicou uma desaceleração acentuada.

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O Banco Central da China (PBoC, na sigla em inglês) novamente manteve inalteradas as taxas de juros da Loan Prime Rate (LPR) de um ano, em 3,95%, e de cinco anos (referência para hipotecas), em 3,45%, em linha com o esperado. Vale lembrar que, semana passada, o governo chinês anunciou um programa nacional de estímulo ao setor imobiliário, visando a redução do elevado estoque de moradias, além da remoção dos pisos das taxas de hipoteca e redução das taxas mínimas de entrada para compra de imóveis como forma de estabilizar o setor.

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Em uma semana mais curta no Brasil devido ao feriado na quinta-feira, 30 de maio, os investidores estarão atentos às divulgações de inflação brasileira, com o IPCA-15 na terça-feira e o IGP-M de maio na quarta-feira. Também haverá a publicação do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) nos EUA de abril na sexta-feira e do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de maio da Zona do Euro. Na China, acontece a divulgação do índice de gerentes de compras (PMI) de maio na quinta-feira.

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