Inflação em foco no Brasil (IPCA-15) e nos EUA (PCE)

Economia e Mercados: as leituras de inflação do IPCA-15 no Brasil e do PCE nos EUA mostraram uma desaceleração dos indicadores em relação ao resultado do mês anterior

Por Itaú Private Bank

4 minutos de leitura
Imagem ilustrativa.
Crédito: Getty Images/Itaú Private Bank

Em uma semana marcada pela volatilidade nos preços de ativos no Brasil, com um mau humor generalizado sobre mercados emergentes que se soma à pressão advinda do elevado nível doméstico de incerteza, o destaque na agenda dos investidores locais foi o IPCA-15 abaixo do esperado e a ata do Copom, que reforçou o cenário de Selic estável.

Já nos EUA, o núcleo do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), uma das referências para o Federal Reserve desacelerou em relação ao resultado de abril.

Confira mais detalhes:

Semana marcada por volatilidade elevada nos mercados locais

Os preços de ativos no Brasil tiveram mais uma semana de volatilidade, com um mau humor generalizado sobre mercados emergentes que se soma à pressão advinda do elevado nível doméstico de incerteza, em particular no que diz respeito à sustentabilidade das contas públicas. Desde o início do ano, a moeda brasileira já depreciou cerca de 13% em relação ao dólar. Do ponto vista fiscal, avaliamos que a arrecadação tem se mostrado mais forte no início de ano, mas os riscos continuam elevados. À frente, será importante monitorar medidas de controle de gastos a serem implementadas.

Ata do Copom: fim de ciclo

A ata da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) mostrou que houve aumento da estimativa de taxa neutra de 4,50% para 4,75% e que o hiato do produto fechou (ou seja, praticamente não há capacidade ociosa na economia). Além disso, a autoridade adotou um tom duro ao abordar o balanço de riscos, mesmo mantendo-o simétrico. Seguimos com a visão de que o Copom manterá a taxa Selic inalterada em todo o horizonte de política monetária.

Clique aqui para ler na íntegra.

Relatório de Inflação mostra aumento nas projeções do BC

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) divulgado pela FGV avançou 0,81% em junho, abaixo da expectativa do mercado (0,85%) e da taxa observada em maio (0,89%). O acumulado dos últimos 12 meses foi de 2,45% na leitura mais recente. Em 12 meses, tanto o setor industrial quanto o agrícola acumulam alta, bem como os preços ao consumidor e os custos da construção, que seguiram contribuindo positivamente para o indicador.

Clique aqui para ler na íntegra.

IPCA-15 varia 0,39% em junho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de junho registrou alta de 0,39%, abaixo da taxa de maio e das expectativas (ambas em 0,44%), especialmente por conta de passagem aérea. Em 12 meses, o indicador acumulou alta de 4,06%, acima dos 3,70% observados nos 12 meses anteriores. Em relação às medidas de núcleo, que possuem maior relação com o ciclo econômico, apesar da desaceleração dos serviços subjacentes na margem, serviços ligados a mão de obra seguem pressionados.

Clique aqui para ler na íntegra.

IGP-M avança em junho

O Relatório Trimestral de Inflação (RI) do Banco Central trouxe novas estimativas para inflação. Para 2024, houve aumento de 3,5% para 4,0%. Para 2025, a projeção passou de 3,2% para 3,4%, enquanto para 2026 se manteve em 3,2%. Já a estimativa do PIB para 2024 teve uma ligeira alta, de 1,9% para 2,3%, impulsionada pelo desempenho robusto da atividade econômica no primeiro trimestre. A projeção incorpora informações disponíveis para o segundo trimestre, que apontam para uma desaceleração da atividade, inclusive pelo impacto das enchentes no Sul.

Clique aqui para ler na íntegra.

Desemprego cai para 6,9% em maio

A taxa de desemprego do trimestre encerrado em maio atingiu 7,1%, segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), ligeiramente abaixo das expectativas do mercado. Com ajuste sazonal, a taxa de desemprego diminuiu para 6,9% no trimestre. O recuo foi puxado principalmente pelo setor formal, enquanto a taxa de participação ficou estável. Os salários reais efetivos continuaram subindo, refletindo o dinamismo do mercado de trabalho.

Clique aqui para ler na íntegra.

Inflação medida pelo núcleo do PCE desacelera em maio

O núcleo do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) dos EUA, que exclui os componentes mais voláteis, avançou 0,1% m/m em maio e 2,6% a/a. Já indicador “cheio” ficou estável em 0,0% m/m e em 2,6% a/a. Os resultados apontaram uma desaceleração dos indicadores e vieram em linha com as projeções. Assim, a leitura oferece ao Fed maior confiança de que a inflação está em desaceleração em direção à meta, mas ainda não é suficiente, sendo necessárias novas leituras nesta direção, conforme sinalizado pelos membros do comitê.

Clique aqui para ler na íntegra.

Debate Presidencial nos EUA: Biden deixa impressão negativa

O atual presidente, Joe Biden, e o candidato republicano, Donald Trump, se enfrentaram nesta semana. Segundo pesquisas, a percepção do público sobre o debate apontou para um desempenho negativo de Biden. Após o evento, 67% dos entrevistados para uma pesquisa da CNN acharam que Trump teve um desempenho melhor. Segundo jornalistas da CNN, a fragilidade de Biden levantou a discussão no partido democrata sobre a possibilidade de substituí-lo na chapa presidencial. Além disso, a probabilidade das casas de apostas de que ele vai desistir da corrida eleitoral subiram.

Clique aqui para ler na íntegra.

Leia também

Leia também

Da renda fixa ao bitcoin: 5 destaques do Private Wealth DC Metro Forum

Confira mais detalhes do que foi discutido no Private Wealth DC Metro Forum, em Washi [...]

Evolução do cenário econômico no primeiro trimestre do ano

À medida que nos aproximamos do fim do primeiro trimestre de 2024, torna-se interessa [...]

A importância da governança corporativa para o sucesso empresarial

Na nova edição do Wealth Planning Insights, discutimos um assunto muitas vezes esquec [...]