PIB e Inflação dos EUA no centro das atenções
Economia e Mercados: o núcleo do PCE nos EUA veio em linha com as expectativas, enquanto o PIB americano desacelerou em relação ao período anterior
Por Itaú Private Bank
Os principais destaques da semana na agenda dos investidores foram os resultados do PIB americano no primeiro trimestre e da inflação mensurada pelo PCE.
Enquanto o PIB desacelerou em relação ao período anterior, o núcleo do PCE (uma das referências usadas pelo Fed em suas decisões de política monetária) apontou que a inflação segue resiliente nos EUA.
Já no Brasil, o IPCA-15 de abril desacelerou em relação a março e veio abaixo do esperado pelo mercado, mas com um qualitativo razoavelmente em linha com a expectativa.
Confira mais detalhes:
Inflação medida pelo núcleo do PCE sobe 0,3% em março
O núcleo do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) dos EUA, que exclui componentes mais voláteis, avançou 0,3% em março, na comparação mensal, em linha com o esperado e mantendo o ritmo de fevereiro. Na base anual, a alta foi de 2,8%, também mantendo o ritmo anterior, mas surpreendendo o mercado, que projetava uma desaceleração. A diferença é explicada, em parte, pela revisão para cima das leituras de janeiro e fevereiro. O resultado reforça o quadro de uma inflação ainda resiliente, em linha com a leitura do Federal Reserve de que é preciso cautela com os próximos passos.
PIB dos EUA perde força no 1T24
O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA do primeiro trimestre de 2024 avançou 1,6% na comparação trimestral anualizada, de acordo com a primeira estimativa do Escritório de Análise Econômica (BEA, na sigla em inglês). A leitura mostrou uma desaceleração em relação ao resultado do quarto trimestre de 2023 e veio abaixo do esperado. A alta foi puxada principalmente por aumentos no consumo, no investimento fixo e nas despesas do governo, que foram parcialmente compensados por contribuições negativas de estoques e exportações líquidas.
IPCA-15 sobe 0,21% em março, menos do que o esperado
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de abril registrou uma alta de 0,21%, abaixo da taxa de março e da expectativa do mercado. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 3,77%, patamar inferior aos 4,14% registrados em março. O qualitativo dessa divulgação veio razoavelmente em linha com o esperado, sem surpresas em serviços subjacentes e alguma surpresa de alta em industriais subjacentes. Para 2024, projetamos IPCA de 3,7%.
PMI composto acelera na Zona do Euro e Reino Unido
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da Zona do Euro avançou para 51,4 pontos em abril, acima de 50, patamar que indica expansão da atividade. Já o PMI de manufatura seguiu registrando queda. No Reino Unido, o PMI composto também avançou, para 54,0. Em geral, a leitura de abril sugere que a economia europeia entrou no segundo trimestre com dados sólidos de atividade. Ainda que consistentes com um nível de crescimento baixo, a aceleração de serviços sugere recuperação no consumo das famílias.
Atividade econômica da Alemanha dá sinais de recuperação
O índice IFO de sentimento de empresas da Alemanha de abril registrou alta, para 89,4, impulsionado pela melhora nas condições correntes, mas influenciado principalmente pelas expectativas futuras. O setor de serviços destacou-se com um nível de atividade mais robusto, enquanto a manufatura, construção e varejo ainda estão em patamares mais baixos. A leitura indica que a economia alemã pode já ter superado seu ponto mais baixo, com indicadores antecedentes apontando para uma melhora, à medida que entramos no segundo trimestre.
PBoC mantém taxas de juros inalteradas
O Banco Central da China (PBoC, na sigla em inglês) manteve inalteradas as taxas de juros da Loan Prime Rate (LPR) de um ano e de cinco anos, usado como referência para hipotecas. A autoridade já tinha cortado a taxa de juros da LPR de cinco anos em fevereiro em uma tentativa de estimular o crédito habitacional e estabilizar o setor imobiliário. A decisão veio em linha com o esperado e com a manutenção dos juros da linha de crédito de médio prazo (MLF) de um ano na semana passada.
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